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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia  (DEM), à esquerda),ao lado do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). | Roque de Sá 
/Agência Senado
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), à esquerda),ao lado do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).| Foto: Roque de Sá /Agência Senado

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na tarde desta terça-feira (5) que o maior desafio do governo para aprovar a reforma da Previdência será combater as inverdades que ‘certas organizações’ espalham sobre ela. Ele falou que, se o governo conseguir comunicar a real necessidade da reforma, mostrando que ela não vai tirar nada dos que menos ganham, será possível vencer ‘a batalha’.

“O grande desafio da Previdência não é a proposta que vem do governo. Tenho certeza que tanto uma quanto a outra que virá depois vêm com uma boa estrutura. O nosso problema é enfrentar as falsas informações, porque aquele que está se aposentando mais cedo e com o maior salário não vai para imprensa defender isso. Ele vai para a imprensa defender que o trabalhador que ganha um salário mínimo sai prejudicado. Esse é o desafio do governo”, afirmou Maia a jornalistas após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. 

Vazamento da minuta foi para desestabilizar, diz Maia

Maia também disse que o vazamento de uma das minutas da PEC da Previdência em estudo pelo governo foi um movimento para tentar desestabilizar a aprovação da reforma.

“O vazamento de ontem (4) é o início de um trabalho para desorganizar a votação da reforma da Previdência, e nós temos que ter clareza disso. Aqueles que querem organizar o Brasil, garantir emprego para mais brasileiros e reduzir a pobreza têm que defender a reorganização da Previdência.” 

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O presidente da Câmara falou, ainda, que tanto ele quanto o atual governo observaram e aprenderam com os erros do governo anterior, que falhou muito na comunicação da reforma, e que isso não será mais cometido.

“Hoje temos mais experiência. Não vamos deixar que algumas corporações tratem a reforma como falsas verdades. Queremos tratar dela com as verdades. Se nós tratarmos dela com as verdades, nós vamos ganhar essa batalha.” 

Ele falou que, como presidente da Câmara, vai trabalhar ao lado do governo para comunicar a necessidade da reforma a toda a sociedade. “Nós precisamos explicar para a maioria absoluta dos brasileiros que se aposentam com muito menos que essa proposta não tira nada dos que ganham menos.” 

Maia diz que é possível votar reforma em maio

Sobre a quantidade necessária de votos para aprovar a reforma – três quintos em duas votações, já que se trata de mudança na constituição -, Maia disse que a base ainda está em construção. Mas afirmou que a o governo tem condições de angariar apoio de 350 parlamentares, número suficiente para aprovar a reforma. 

Ele também se mostrou otimista em relação ao prazo ideal considerado pelo governo: aprovar a reforma até o meio do ano. Segundo Maia, é possível votá-la no plenário em maio, mesmo passando pela Comissão de Constituição e Justiça, e até o início de julho no Senado, que tem ritos processuais mais rápidos. 

A expectativa é que a reforma da Previdência seja enviada ao Congresso até a terceira semana de fevereiro. Enquanto isso, a equipe econômica fecha a proposta e conversa com governadores, parlamentares e representantes da sociedade civil para obter apoio ao projeto. Também traça a estratégia de comunicação com a sociedade.

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