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Carlos Marun foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Michel Temer. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Carlos Marun foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Michel Temer.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Michel Temer exonerou Carlos Marun (MDB-MS) do cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo e o nomeou para exercer a função de conselheiro da Itaipu Binacional, com mandato até 16 de maio de 2020. Marun afirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o presidente Michel Temer entendeu que ele possui os "predicados" necessários para se tornar conselheiro da Itaipu Binacional. Marun também alegou que é importante seu Estado ter um representante no Conselho e que a função permitirá seu afastamento da política.

Marun foi indicado pelo presidente Michel Temer para mandato no Conselho até maio de 2020. Ele garantiu que já renunciou ao mandato de parlamentar, que teria duração até fevereiro, e pediu afastamento de suas funções no MDB nos diretórios nacional e estadual.

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"É uma vaga que me interessa em função de que Itaipu passou a ter importância muito grande na vida de Mato Grosso do Sul principalmente em função da construção da ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai)", justificou Marun, citando uma das obras prioritárias do final do governo Temer. Ele também destacou que o lago de Itaipu também atinge o Estado, e, portanto, "é positivo e importante até que MS esteja presente em Itaipu".

Em entrevista ao Broadcast em julho, Marun disse que iria tirar pelo menos 30 dias de férias após deixar o cargo de ministro para, depois, exercer a advocacia. Ele reafirmou a intenção de voltar a atuar como advogado, mas respeitando um intervalo de seis meses.

"Em segundo lugar, (ser conselheiro) é uma função que me permite advogar. Vencida a quarentena de 6 meses por ter exercido função de ministro de Estado, eu poderei advogar. E, como terceiro aspecto, essa função me obriga também o afastamento da política, o que vem de encontro com essa decisão de me afastar da política por um tempo."

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Marun contou que discutiu o assunto com Temer após o pedido de demissão de Frederico Matos de Oliveira do governo e da função de conselheiro da Itaipu, na última quinta-feira. Temer, então, teria dito a Marun que a vaga o interessaria.

O Conselho de Administração da empresa é constituído por 14 membros, sete do Brasil e sete do Paraguai. O Tratado de Itaipu estabelece que "a qualquer momento, os governos poderão substituir os conselheiros que houverem nomeado".

Marun é o primeiro ministro de Temer a deixar oficialmente o governo, abrindo vaga para a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que assume a Presidência nesta terça-feira (1.º). O novo titular da pasta antes comandada por Marun será o general Carlos Alberto dos Santos Cruz.

MRE, Incra, AGU e Anac

A edição do Diário Oficial desta segunda-feira (31), publica ainda a saída de titulares de alguns altos cargos do governo, como é o caso do próprio Marcos Bezerra Abbott Galvão, exonerado da Secretaria-Geral do MRE, e do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Leonardo Góes Silva, que deixou o cargo a pedido.

A procuradora Maria Aparecida Araújo de Siqueira também pediu para deixar a Secretaria-Geral de Consultoria da Advocacia-Geral da União (AGU), cargo “número 2” do órgão.

Outras exonerações de hoje incluem Claudia Maria Mendes de Almeida Pedrozo, da Secretaria Executiva do Ministério da Cultura, e Hélio Paes de Barros Júnior, da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O diretor renunciou ao cargo.

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