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A cirurgia que Bolsonaro precisa fazer consiste em abrir o abdome, retirar a bolsa que coleta suas fezes e religar as alças do intestino grosso. | Valter Campanato/Agência Brasil
A cirurgia que Bolsonaro precisa fazer consiste em abrir o abdome, retirar a bolsa que coleta suas fezes e religar as alças do intestino grosso.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A cirurgia de fechamento da colostomia a que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) se submeterá foi agendada para o dia 28 de janeiro, segundo o cirurgião Antônio Macedo, que o acompanha.

A confirmação veio nesta quinta (13), logo após Bolsonaro passar por consulta médica de rotina no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Inicialmente, o procedimento tinha sido planejado para a última quarta (12), mas foi adiado no mês passado após exames detectarem uma inflamação no peritônio (membrana que recobre as paredes do abdômen e a superfície dos órgãos digestivos) e um processo de aderência entre as alças intestinais.

O fechamento da colostomia – ou reconstrução do trânsito intestinal – consiste em abrir novamente o abdome e religar as alças do intestino grosso para que o trânsito intestinal volte ao normal e o paciente deixe de usar a bolsa coletora de fezes.

Segundo Macedo, a expectativa é que, após a cirurgia, Bolsonaro fique no hospital de cinco a sete dias, até que o intestino começar a funcionar (em geral, após dois ou três dias) e que ele possa se alimentar normalmente.

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Outra alternativa, segundo o médico, é manter o presidente eleito em São Paulo por mais cinco dias até a retirada dos pontos cirúrgicos, o que deve ocorrer entre o 10º e 12º dia após a operação. Ao todo, a previsão é que o tempo de recuperação mínimo seja de 15 dias.

Segundo Macedo, os riscos envolvidos são os inerentes a toda cirurgia, mas muito menores em relação à operação realizada em 12 de setembro, quando Bolsonaro apresentava peritonite grave, com grande contaminação e obstrução intestinal. “Mas sempre existem riscos em qualquer tipo de cirurgia”, diz Macedo.

Entre as complicações mais frequentes estão infecções, hérnias, fístulas (abertura da emenda e extravasamento de conteúdo fecal para fora ou para dentro da cavidade abdominal) e obstruções (fechamento da área da emenda causando dificuldade da passagem do conteúdo fecal).

Pelo fato de o presidente eleito já ter sido submetido a duas cirurgias anteriores, não será possível fazer o procedimento por meio de técnicas menos invasivas, como a videolaparoscopia ou a robótica.

Bolsonoro se submeteu à primeira cirurgia em 6 de setembro, data em que foi esfaqueado durante um ato da campanha em Juiz de Fora (MG)., e sofreu três perfurações no intestino delgado e uma no intestino grosso.

Foi feita uma colostomia para isolar as áreas lesionadas da passagem de fezes, diminuindo, assim, o risco de infecções. O intestino foi completamente separado para que uma das pontas ficasse exteriorizada até a pele para a saída de fezes na bolsa coletora.

Em 12 de setembro, ele passou por uma segunda cirurgia de emergência para corrigir uma obstrução intestinal causada por aderência das alças intestinais.

Na quarta-feira (12), véspera da consulta, o presidente eleito surpreendeu todo mundo ao fazer flexões de braço e praticar tiro ao alvo durante visita ao quartel da força de elite da Polícia Federal, em Brasília.

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