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 | Jonathan Campos
Gazeta do Povo
| Foto: Jonathan Campos Gazeta do Povo

O governo afirma que vai manter os canais de diálogos abertos com os caminhoneiros grevistas mesmo que eles não tenham cumprido "na integralidade" o acordo firmado. Foi o que disse o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, em coletiva de imprensa na noite deste sábado (24). 

Segundo ele, são duas as frentes de atuação. "Temos dois eixos principais. O primeiro é manter aberto o canal do diálogo, ainda que, o acordo firmado não tenha sido cumprido na sua integralidade. E o outro eixo é evidentemente da autoridade, e estamos exercendo plenamente", destacou o ministro da Segurança Pública. 

Esta manhã, sem ver a greve dissolvida, o presidente Temer determinou que a aplicação de R$ 100 mil em multas por hora aos empresários que apoiam o movimento. O governo acredita que as empresas estão por trás da greve, o chamado locaute, o que é proibido no país. 

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"Chegamos aos 37 inquéritos abertos pela Polícia Federal, praticamente em todos os estados. Identificamos um movimento criminoso por parte dos empresários de grandes empresas que mantem apoio para seus motoristas permanecerem paralisados. Nossa preocupação não é tanto a interdição, mas o fato de que precisamos que os caminhões rodem", relatou Jungmann. 

Jungmann apresentou números do balanço feito pela equipe que acompanha a greve. Segundo ele, de ontem pra hoje, foram expedidos 400 autos de infração pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), num total de R$ 2.033 milhões, "não computadas as multas de 100 mil aplicadas, por hora, cumprindo determinação do STF, que acolheu pedido do governo". 

Ele foi um dos ministros que passou o dia em reuniões com o presidente Michel Temer. Jungmann e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, fizeram um balanço das soluções que o governo já conseguiu implementar frente às consequências da paralisação, que caminha para o sétimo dia. 

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Etchegoyen destacou vários trechos com estradas desobstruídas, cidades com abastecimento de combustível normalizados. Relatou, contudo que, além de todos os demais transtornos — falta de combustíveis, aumento de preços, corrida para esticar alimentos — a rede hospitalar começa a sofrer gravemente com a greve. 

"Já perdemos órgãos. O Sistema Nacional de Transplante está comprometido e há risco de desabastecimento de itens básicos em hospitais. A PGR (Procuradoria-Geral da República) tem atuado com muita energia na direção de garantir itens de saúde". 

Apesar de ainda haver transtornos, os ministros destacaram que 50% das obstruções nas estradas já estão solucionadas. "Chegamos ao fim do dia caminhando bem na direção de normalizar o abastecimento. Os aeroportos estão muito próximos da normalização", afirmou Etchegoyen.

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