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| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Já faz alguns dias que as ruas de Curitiba voltaram a receber outdoors em protesto contra o ex-presidente Lula (PT). Espalhados em 20 endereços da cidade, as peças alertam ao Supremo Tribunal Federal (STF): “candidato condenado não!”.

A iniciativa de colocar outdoors com mensagens políticas é assinada por três movimentos suprapartidários. O Lava Togas, o Vem Pra Rua e o Brasil Estou Aqui. Segundo Abílio César, 57 anos, um dos fundadores do Lava Togas, esta é a terceira vez que o grupo se organiza para promover esse tipo de ação em Curitiba. “Achamos apropriado pelo momento que estamos vivendo”, explica ele, que prefere não ter o sobrenome divulgado por “questões profissionais”.

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De acordo com Romerson Faco, presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Paraná (Sepex-PR), veicular publicidade em um outdoor na cidade por 14 dias custa, em média, R$ 750. Abílio não confirma o valor total gasto pelos movimentos, mas, se cada um dos outdoors for exibido por apenas 14 dias, essa soma pode chegar a R$ 15 mil só para a veiculação. A arte usada nos painéis não foi considerada para fazer essa conta.

O representante do Lava Togas conta que a ação, que tem dois modelos de peça, é resultado de uma mobilização de cerca de 100 pessoas. “Foi uma ação feita por pessoas físicas que se cotizaram. Um deu R$ 50, outro deu R$ 100, eventualmente algum dá R$ 500. São pessoas que moram e pessoas que não moram em Curitiba, mas que querem mostrar sua opinião.”

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Um dos idealizadores das peças, ele diz que essa é uma maneira de questionar a candidatura de Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril.

Alô, STF!

Muito direta, a mensagem que fala particularmente com o STF tem ainda a imagem do famoso pixuleco de Lula cortado por uma faixa vermelha. Abílio avalia que é difícil influenciar o tribunal, mas afirma que o recado é para que eles estejam atentos. “É uma questão clara. Temos situações que parecem bastante esdrúxulas neste país. Que uma pessoa que está presa esteja sendo homologada sua candidatura.” Na avaliação dele, desde que o Lava Togas começou a realizar esse tipo de ação na cidade a repercussão junto ao público tem sido positiva.

Inspirado na Operação Lava Jato, o nome do grupo marca posição sobre um assunto que tem andado na moda, a atuação do judiciário brasileiro. “Nosso objetivo é questionar algumas coisas que, entre outras, passam pelo judiciário”, diz Abílio. Ele diz acreditar que o Judiciário faz um “excelente trabalho, por um lado, mas, em outros lados, a gente questiona algumas coisas. O Judiciário precisa passar por uma ação de lavar as suas togas”.

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