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Luísa Canziani foi eleita a deputada federal mais jovem do país em outubro. Ela tem apenas 22 anos | Reprodução/Facebook
Luísa Canziani foi eleita a deputada federal mais jovem do país em outubro. Ela tem apenas 22 anos| Foto: Reprodução/Facebook

Filiada ao PTB do Paraná, Luísa Canziani foi eleita a deputada federal mais jovem do país em outubro. Ela tem apenas 22 anos e venceu a eleição com uma estratégia bem conhecida entre a sua geração: usou intensamente as redes sociais durante e campanha, fazendo muitas lives, como são conhecidas as transmissões ao vivo. Entre suas propostas, prometeu priorizar pautas ligadas à educação e à tecnologia.

Mas ela também tem um estilo velha guarda: fez campanha de município em município no Paraná, subindo no palanque e citando pelo nome vereadores, prefeitos e deputados. Ela se referia a eles como “esse grande líder”, “uma pessoa por quem eu tenho um grande carinho”, “uma cidade muito especial”, “uma família de espírito público”.

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“Eu faço uma política da construção”, diz a deputada eleita à reportagem, que estima ter visitado cerca de 120 cidades durante a campanha.

Filha do atual deputado Alex Canziani 

Formanda em Direito, Luísa é filha do atual deputado Alex Canziani (PTB-PR), que está em seu quinto mandato na Câmara. Quando criança, passava férias em Brasília, e adorava acompanhar o pai em compromissos no Congresso ou em convenções partidárias. Mais recentemente, passou a discursar em eventos políticos. “Ela sempre participou; ia comigo até no colo”, diz o deputado à reportagem.

Neste ano, Canziani concorreu ao Senado, e perdeu. A filha, que tinha desejo de concorrer, acabou ocupando a vaga para deputada na chapa. Mas ela diz não ser herdeira -e sim, sucessora.

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“Eu quero dar continuidade ao trabalho dele”, admite, dizendo ter orgulho do trabalho do pai, que foi vice-prefeito de Londrina e se notabilizou por relatar projetos ligados à educação. “Mas eu trago uma visão diferente, pela minha condição de jovem e de mulher.”

O que pensa Luísa

A nova deputada se comprometeu a seguir uma carta de compromissos da Fundação Lemann, para nomear técnicos em seu gabinete. Depois de eleita, foi convidada a participar de uma oficina do RenovaBR, grupo de capacitação de novos líderes cujo apoiador mais notório é o apresentador Luciano Huck.

Ela promete “quebrar preconceitos”, como o de ser filha de político, ou de ser jovem. “Eu senti muito preconceito, sim. Muita gente se refere a mim como ‘aquela menina’. Mas cabe a mim quebrar esses paradigmas”, disse.

A parlamentar afirma ser municipalista, e quer rever o pacto federativo, para enviar mais recursos às prefeituras.

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Ela também diz ser favorável à redução da maioridade penal para crimes graves, e a uma reforma da Previdência, mas não necessariamente a que está em tramitação, proposta pelo governo de Michel Temer (MDB). Em relação ao Escola sem Partido, afirma ainda não ter posicionamento formado, e diz estar estudando a questão.

No Congresso, Luísa afirma que irá seguir a orientação da bancada do PTB, que apoiou Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno, mas ainda não definiu se ficará na base do presidente eleito. Mas ela diz que seu compromisso “é com o país”, e que pode votar contra ou a favor do governo conforme sua convicção. “Agora ela vai construir o próprio caminho”, diz o pai.

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