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Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Onyx Lorenzoni. | Marcelo Camargo / Agência Brasil/Marcelo Camargo / Agência Brasil
Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Onyx Lorenzoni.| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil/Marcelo Camargo / Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta terça-feira (5) em entrevista à rádio CBN que a proposta do governo Bolsonaro para reforma da Previdência não deve seguir os moldes apresentados por minuta divulgada na segunda-feira (4).

“Asseguro que não é. E vocês vão ver, quando o projeto chegar, que ele é muito diferente do que está publicado no jornal”, disse Onyx à rádio.

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Segundo o ministro, a equipe de Paulo Guedes trabalha com quatro ou cinco textos sobre as mudanças nas previdências pública e privada, e que a palavra final será do presidente Jair Bolsonaro. “Quem vai dar a última palavra é o presidente. Ele levou para São Paulo alguns dos modelos que apresentamos e já me mandou por Whatsapp algumas orientações, que eu compartilhei com o Paulo Guedes.”

Uma das propostas do documento cria idade mínima de 65 anos para aposentadorias urbanas do INSS para homens e mulheres que passarem a contribuir a partir da publicação das novas regras. Segundo o texto, o tempo obrigatório de contribuição para os novos segurados é de 20 anos.

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O texto prevê uma transição por pontos para os que já são segurados ou passarem a contribuir antes da publicação da reforma. A aposentadoria sem idade mínima sairia quando houvesse tempo de contribuição de 30 anos (mulher) e 35 anos (homem), desde que a soma da idade ao período contribuído alcance 86 e 96 pontos, respectivamente.

Essa pontuação valeria como regra de acesso aos benefícios para aqueles que a completassem até o fim deste ano. A partir de 1º de janeiro de 2020, a exigência subiria um ponto a cada ano, até 105 pontos, para mulheres e homens.

A proposta cria um novo cálculo para o valor da aposentadoria: para quem tem até 20 anos de contribuição, o benefício é de 60% da média de todas as contribuições realizadas desde julho de 1994.

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Cada ano a mais de recolhimento acrescentará 2% da média salarial ao benefício. Para a aposentadoria integral, seriam necessários 40 anos de contribuição.

O texto prevê uma facilidade no acesso ao benefício para quem está perto de se aposentar: não exigir pontuação do segurado que, em até cinco anos a partir da aprovação da reforma, completar o tempo de contribuição de 30 anos (mulher) ou 35 anos (homem). Mas nesse caso, o valor do benefício seria calculado com o fator previdenciário.

Está em análise também uma renda mínima de R$ 500 para pessoas de baixa renda e que não conseguem se sustentar aos 55 anos ou mais. A partir dos 65 anos, o benefício subiria para R$ 750.

O esboço da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma também estabelece a criação de um regime de capitalização, no qual cada trabalhador faz a própria poupança.

Atualmente, há duas formas de aposentadoria. Uma delas é por idade. É necessário ter contribuído por 15 anos e alcançar 65 anos de idade (homens) e 60 anos (mulheres). 

A por tempo de contribuição exige 35 anos de pagamentos ao INSS para homens e 30 anos para mulheres.

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