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| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A força-tarefa da Lava Jato de Curitiba pediu abertura de ação penal (denunciou), nesta segunda-feira (25), contra Paulo Vieira de Souza, o suspeito de operar para o PSDB conhecido como Paulo Preto, sob acusação de lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça. Segundo o Ministério Público Federal, Paulo Preto lavou R$ 100 milhões em favor das empreiteiras Odebrecht e UTC, no Brasil e no exterior. 

A denúncia afirma que ele viabilizou o repasse desses valores em espécie ao doleiro Adir Assad, após operações financeiras no exterior, que foram usados para bancar o pagamento de propinas a políticos e agentes públicos da Petrobras e de outras estatais.

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É a primeira vez que Paulo Preto é denunciado pela Lava Jato paranaense. Desde o dia 19 de fevereiro ele está preso preventivamente após a deflagração da 60ª fase da operação, a Ad Infinitum.

Ex-diretor da Dersa (estatal paulista de rodovias), ele já foi condenado em primeira instância duas vezes pela Justiça Federal de São Paulo e é réu em uma terceira ação penal. Sua defesa nega que ele tenha cometido irregularidades e recorre das decisões.

Além dele, foram denunciados por lavagem de dinheiro o advogado Rodrigo Tacla Durán, também considerado operador da Odebrecht, e quatro delatores: Fernando Migliaccio, Olívio Rodrigues, Marcello Abbud e Samir Assad.

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A denúncia afirma também que Paulo Preto e Tacla Durán ocultaram e dissimularam transferências de US$ 430 mil (equivalente a R$ 1,67 milhão) ligadas à compra de uma casa de praia em Guarujá (SP), em 2012. Segundo a acusação, ele declarou à Receita a aquisição do imóvel por valor muito abaixo do de mercado, e os antigos donos receberam no exterior por parte da venda. 

Paulo Preto foi acusado também de atrapalhar as investigações por supostamente ter ocultado seu telefone celular durante as buscas em sua casa, em fevereiro.

O Ministério Público afirma que ele demorou a abrir as portas de seu apartamento quando soube da operação e que os policiais não encontraram o aparelho, embora houvesse carregadores de celular conectados à tomada em seu quarto.

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Alvos de busca e apreensão na mesma fase da Lava Jato, o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) não é citado na denúncia.

Procurada, a defesa de Paulo Preto ainda não se manifestou. Já Tacla Durán tem dupla cidadania e vive na Espanha, que há dois anos rejeitou pedido de extradição apresentado pelo Brasil. Ele é tratado como foragido pela Lava Jato.

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