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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, é favorável ao fim das paralisações, já que o governo Temer cedeu às demandas da categoria na noite deste domingo (27). Mas, a julgar pelo balanço de 557 pontos de bloqueio nas estradas, divulgado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) na tarde desta segunda-feira (28), muitos caminhoneiros discordam.

“Não é mais o movimento dos caminhoneiros, são grupos que pedem intervenção militar, querem derrubar o governo. Sendo que quem está negociando conosco é o presidente da República”, diz Fonseca.

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Ele está pedindo para líderes regionais cessarem o movimento e afirma ser contrário aos pedidos de intervenção militar, que têm aparecido em alguns dos protestos. “Gostar do Temer, não gosto, mas não vamos trabalhar nessa linha [militarista].”

“O movimento começou como uma coisa natural. Agora estou em 30 grupos de WhatsApp onde só entra besteira. Pedir intervenção militar desmoraliza o bom caminhoneiro”, afirma.

Segundo Fonseca, até o fim da tarde desta segunda, muitos caminhoneiros devem retornar ao trabalho. Ele nega que o movimento tenha ganhado vida própria. “É só uma morosidade acima do esperado para que haja uma resposta deles [ao anúncio do governo].”

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O presidente da Abcam disse que entre 70% e 80% dos caminhoneiros que participavam das manifestações nas rodovias do país já “levantaram acampamento” nos pontos de obstrução. A expectativa é de que a desmobilização seja concretizada até o final desta terça-feira (29). A entidade divulgará, até o final da tarde de hoje (28), um balanço preciso sobre a situação atual da mobilização de caminhoneiros, que já dura oito dias.

“O nível da adesão [à desmobilização] está aumentando gradativamente. Estou aguardando posição do grupo que está fazendo o levantamento. Apesar de ainda não termos um número exato [sobre o total de caminhoneiros que já se desmobilizaram], dá para dizer que de 70% a 80 % já levantaram acampamento”, disse Lopes.

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