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Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann: caso deles pode ser o primeiro da Lava Jato a ser julgado pelo STF. | Marcelo Andrade /Gazeta do Povo/Arquivo
Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann: caso deles pode ser o primeiro da Lava Jato a ser julgado pelo STF.| Foto: Marcelo Andrade /Gazeta do Povo/Arquivo

Com a justificativa de que a Petrobras foi a maior vítima do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, a estatal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que condene a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) , o ex-ministro Paulo Bernardo (marido da petista) e mais um empresário a devolver para a empresa pelo menos R$ 1 milhão desviados. 

A senadora, Paulo Bernardo (ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff) e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues são acusados, em ação judicial da Lava Jato que corre no STF, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro desviado da Petrobras.

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A estatal atua nesse processo como assistente de acusação. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, ainda não se manifestou a respeito e ainda aguarda uma posição da Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Segundo a acusação, dinheiro era para caixa 2 eleitoral

A Lava Jato acusa a senadora de ter recebido R$ 1 milhão de caixa 2 oriundos de contratos na Petrobras para abastecer a campanha dela ao Senado em 2010. Os procuradores dizem que o dinheiro foi pago pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os pedidos de propina teriam sido feitos por Paulo Bernardo e o empresário é quem teria recebido o dinheiro para abastecer, posteriormente, a campanha de Gleisi.

"Restou demonstrado o recebimento de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que deve ser estabelecido como patamar indenizatório mínimo a ser estipulado especificamente em favor da requerente [Petrobras]", diz trecho do pedido da empresa. 

Caso de Gleisi pode ser o primeiro da Lava Jato a ser julgado no STF

Em setembro de 2016, a 2.ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta por cinco ministros, aceitou por unanimidade denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra a senadora e demais envolvidos na Operação Lava Jato. Gleisi foi a primeira senadora a se tornar ré na Lava Jato. 

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Já em novembro deste ano, a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, pediu a condenação dos acusados e o pagamento de uma multa de R$ 4 milhões, o equivalente a quatro vezes o valor que teria sido desviado. Também solicitou que Gleisi perca o mandato de senadora. 

Esse pode ser o primeiro caso a ser julgado pelo Supremo no âmbito da Lava Jato. Dados da PGR apontam que há, só no STF, em relação a casos de corrupção que atingiram a Petrobras, cerca de 180 inquéritos em curso. O grupo de trabalho da Lava Jato na PGR conta, atualmente, com a coordenação do procurador José Alfredo de Paula Silva e atuação de mais de dez procuradores.

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