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| Foto: ROBSON FERNANDJES/

O ex-diretor da Dersa (empresa responsável por obras viárias paulistas) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso novamente pela Polícia Federal de São Paulo na manhã desta quarta-feira (30). Segundo a PF, ele descumpriu medidas judiciais. Segundo a decisão judicial, a prisão de Souza, é necessária para “assegurar a instrução criminal”. Ele é suspeito de constranger testemunhas, mas nega a acusação.

O engenheiro é apontado como operador de propinas e de contribuições ilícitas para o PSDB durante o governo de José Serra (2007-2010). Ele havia sido preso no dia 6 de abril, mas liberado cerca de um mês depois, após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder habeas corpus ao investigado.

Em março, a Lava Jato denunciou o ex-diretor por desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011. O recurso era destinado ao realojamento de famílias desalojadas pela Dersa para a construção do Rodoanel, obra realizada na gestão Serra.

Durante as investigações da Lava Jato, o ex-diretor foi citado por sete delatores —da Odebrecht, Andrade Gutierrez e pelo operador Adir Assad—, e apareceu em depoimentos de outros três executivos da OAS e da Queiroz Galvão que negociam acordo com procuradores.

Leia também: Quem é Paulo Preto, o homem-bomba que pode implodir o PSDB

Segundo os executivos, ele pediu a dez empreiteiras que fizeram o trecho sul do Rodoanel, na região metropolitana da capital paulista, um suborno equivalente a 0,75% de tudo que elas recebessem. Como a obra custou R$ 3,5 bilhões em valores da época que foi inaugurada, em abril de 2010, a propina de 0,75% seria de R$ 26,3 milhões.

Documentos enviados aos procuradores por autoridades suíças mostravam que Paulo Preto tinha ainda quatro contas no banco suíço Bordier & Cie. O saldo conjunto, em junho de 2016, era equivalente a R$ 113 milhões.

Em fevereiro do ano passado, os valores, segundo as informações vindas da Suíça, foram transferidos para um banco em Nassau, nas Bahamas.

A PF também procura o ex-chefe de Assentamento da Dersa, Geraldo Casas Vilela.

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