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Henrique Alves foi ministro de Temer por algumas semanas. Pediu demissão em junho de 2016, envolvido na Operação Lava Jato. | WILSON DIAS/ABr
Henrique Alves foi ministro de Temer por algumas semanas. Pediu demissão em junho de 2016, envolvido na Operação Lava Jato.| Foto: WILSON DIAS/ABr

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (6) o ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB-RN). Ele fazia parte do núcleo de confiança do presidente Michel Temer e se afastou do ministério em junho do ano passado, após algumas semanas no cargo, envolvido na Operação Lava Jato.

Também há um mandado de prisão contra outro ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso desde outubro no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A operação, denominada Manus, é um desdobramento das delações da empreiteira Odebrecht e apura atos de corrupção ativa e passiva e também lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, que teria sido erguida com um sobrepreço de R$ 77 milhões.

Cerca de 80 policiais cumprem 33 mandados – cinco de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão – no Rio Grande do Norte e no Paraná.

O nome da operação faz referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat” – uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.

A PF disse que, a partir de delações premiadas em inquéritos que tramitam no STF e por meio da quebra de sigilos fiscais, bancários e telefônicos dos envolvidos, foram identificados valores recebidos como doação oficial de campanha entre 2012 e 2014 que na verdade se referiam a pagamentos de propina.

“Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal”, informou o órgão, em comunicado.

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