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O PP (Partido Progressista) definiu nesta quarta-feira (16) que passará a se chamar Progressistas. Em reunião do comando da sigla, em Brasília, outras nomenclaturas como PDS e Progressista (no singular) foram descartadas.

No mesmo dia, a direção do PMDB retomou um processo interno para suprimir o “P” do nome da legenda e retomar o velho MDB (Movimento Democrático Brasileiro), retomando a sigla usada durante a ditadura militar. A cúpula peemedebista decidiu convocar uma convenção partidária para aprovar a mudança. O objetivo é concretizar a alteração até o fim de setembro, segundo dirigentes.

Sofrendo o desgaste das revelações feitas pela Operação Lava Jato e do envolvimento de seus principais integrantes em escândalos de corrupção, os dois partidos tentam se reinventar com a mudança de nome. Ao lado do PT (Partido dos Trabalhadores), PP e PMDB foram os responsáveis pela indicação de diretores da Petrobras envolvidos no escândalo que desviou dinheiro dos cofres da empresa e armou um amplo esquema de caixa 2 eleitoral.

A mudança é também uma reação à onda antipolítica que tomou conta da sociedade, com várias legendas deixando de ser partidos para assumirem roupagem de movimentos ou grupos políticos organizados. Uma tentativa de se apresentar como o “novo” nas eleições de 2018.

Questionado se a mudança ajudaria a melhorar a imagem do partido, o deputado Guilherme Mussi, presidente da seção de São Paulo do PP, afirmou que “não atrapalha”. “Seguimos assim uma tendência não só nacional como internacional”, justificou. Organizações partidárias como En Marche!, na França, e Podemos, na Espanha, desfizeram-se da palavra “partido” em momento de desgaste da classe política tradicional.

Temer aprovou mudança

A proposta de alteração do nome para MDB teria sido avalizada pelo presidente Michel Temer. O grupo quer usar essa mudança para tentar renovar a imagem do PMDB antes das eleições de 2018. A decisão de excluir o “P” da sigla foi testada em pesquisas de opinião que detectaram a rejeição a partidos tradicionais pela população.

O MDB foi usado de 1966 a 1979, durante o bipartidarismo da ditadura militar, quando fazia oposição à Arena (Aliança Renovadora Nacional). O PMDB estuda essa alteração há cerca de um ano, mas as articulações foram interrompidas devido ao impacto sofrido pela sigla com a Lava Jato.

Com a alteração, o PMDB se soma a outras siglas que buscam mudar suas marcas antes das próximas eleições, como o DEM (que pode virar Mude), o PTN (que se tornou Podemos) e o PEN (que pode se transformar em Patriotas).

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