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| Foto: Miguel Schincariol/ AFP

Mesmo estando preso desde abril do ano passado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mantém ativo nas redes sociais – de onde manda “recados” para o Brasil e ao mundo. Lula comenta sobre a situação da Venezuela e do ditador Nicolás Maduro, faz campanha para vencer o Prêmio Nobel da Paz, critica a reforma da Previdência, reclama de suas condenações e até dá dicas para funcionários da Ford evitarem que a empresa fecha uma fábrica no país.

Levantamento da Gazeta do Povo nas contas pessoais de Lula nas redes sociais mostram que foram publicados 40 posts no Facebook e 38 no Twitter no período de uma semana – o que dá uma média superior a cinco postagens por dia. Como Lula está preso, obviamente as publicações são feitas por auxiliares do petista.

“Maduro é um problema dos venezuelanos”

A crise da Venezuela tem sido um dos assuntos abordados por Lula, que trata a posição do governo brasileiro diante da ditadura de Nicolás Maduro como uma “submissão” aos interesses dos norte-americanos. “Não podemos permitir a submissão do Brasil aos EUA. Maduro é um problema dos venezuelanos, não dos americanos. Falam em fome, mas não falam no bloqueio, que mata crianças, homens e mulheres inocentes”, escreveu Lula no Twitter no dia 24, seguido da hashtag: #RecadoDoLula.

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Em outro post, do dia 25, o ex-presidente trata a si mesmo como um estadista: “Enquanto o mundo observa a tensão entre Venezuela e Brasil, vale lembrar de um presidente que lançou holofotes sobre o Brasil sem precisar envolver o país em nenhum conflito. Um chefe de Estado que priorizava a paz e o bem estar do povo brasileiro”, diz a postagem que encabeça uma publicação onde se lê “Da série: lembranças de um estadista”.

Fechar a economia para não fechar fábrica. E mais: o sonho do Nobel

O anúncio de que a Ford vai fechar a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) levou Lula a dar um “conselho” no Twitter nesta terça-feira (26) que, se fosse levado adiante, representaria um fechamento comercial do país: “Uma das formas dos trabalhadores da Ford lutarem contra o fechamento da fábrica em São Bernardo é pressionar o governo a proibir a importação de produtos da empresa fabricados em outro país”.

A campanha para que Lula ganhe o Nobel da Paz tem sido motivo de várias postagens nas redes sociais do ex-presidente. No dia 24, seu perfil no Twitter reproduziu uma publicação do argentino Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do Nobel da Paz em 1980, que defende a candidatura do petista ao mesmo prêmio por sua “luta contra a fome e a pobreza”. Lula também retuitou o post em que o presidente da Bolívia, Evo Morales, cumprimenta o brasileiro pela suposta indicação ao Nobel.

A campanha pela libertação de Lula também segue intensa nas redes sociais do ex-presidente. Há publicações questionando a sentença da juíza Gabriela Hardt, que o condenou a 12 anos e 11 meses de prisão no processo do sítio de Atibaia (SP). Também há um retuíte de Guilherme Boulos em que do líder dos sem-teto e ex-candidato a presidente pelo PSOL fala que “querem que ele [Lula] morra na cadeia”. Há ainda posts sobre as articulações da defesa de Lula na ONU e de apoios recebidos de estrangeiros.

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Outro tema que tem aparecido recorrentemente nas postagens de Lula são as críticas à reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro. “Nova Previdência nada mais é do que um verdadeiro desmonte com objetivo de entregar a Previdência pública brasileira aos banqueiros, aumentando a remuneração do capital especulativo e concentrando riqueza nas mãos de quem já tem muito”, escreveu Lula no Twitter no último dia 22.

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