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| Foto: Karina Zambrana/Ascom/ MS

O governo Jair Bolsonaro vai encerrar o programa Mais Médicos – que leva profissionais de saúde para cidades da periferia e do interior do país – e substituí-lo por um plano de carreira federal que torne regiões mal atendidas mais atrativas aos médicos. As informações são do jornal El País, que entrevistou Mayra Pinheiro, secretária de gestão no trabalho e educação em saúde do Ministério da Saúde, responsável pelo Mais Médicos.

Segundo ela, a ideia é que o último ciclo de vagas abertas no programa se encerre nesta semana. A partir disso, não serão feitos novos editais. Os médicos que atuam pelo programa poderão continuar em seus postos de trabalho até o final de seus contratos, que tem duração de três anos.

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A ideia do governo é então substituir o Mais Médicos por um plano de carreira, mas ainda não dá detalhes sobre como seria esse plano. Este era o pedido feito pelas entidades médicas

O Mais Médicos foi criado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff (PT) na esteira dos protestos de ruas em junho daquele ano por melhores serviços públicos. O programa firmou uma parceria com o governo de Cuba, por meio da Organização Pan Americana da Saúde (Opas), que permitiu a vinda de centenas de médicos daquele país ao Brasil.

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O modelo causou polêmica porque o governo cubano mantinha grande parte dos salários dos profissionais que atuavam em cidades brasileiras. Em dezembro último, após o presidente eleito Jair Bolsonaro criticar Cuba e a não exigência de validação dos diplomas de Medicina dos cubanos, o governo daquele país anunciou o fim unilateral do convênio e exigiu a volta imediata dos cubanos, deixando desassistidas várias cidades brasileiras.

Com a saída dos cubanos, foram abertas cerca de 8.500 vagas. O governo Michel Temer, seguido posteriormente pela gestão Bolsonaro, realizou chamadas para preencher as vagas. Segundo o El País, até o momento, 1.462 vagas ainda permanecem sem profissionais, mas a expectativa do Ministério da Saúde é que elas sejam preenchidas nesta semana, quando os cerca de 3.700 médicos brasileiros formados no exterior que se inscreveram no edital poderão escolher os municípios onde atuarão.

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