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General Floriano Peixoto, à esquerda. Ele serviu na missão de paz do Brasil no Haiti. | tc/Sophia Paris
General Floriano Peixoto, à esquerda. Ele serviu na missão de paz do Brasil no Haiti.| Foto: tc/Sophia Paris

O general da reserva Floriano Peixoto foi confirmado como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência no mesmo momento em que o porta-voz do governo do governo Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, confirmou a demissão de Gustavo Bebianno do cargo, nesta segunda-feira (18). Floriano Peixoto se tornou, assim, o oitavo militar a assumir um posto no governo. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o único civil entre os quatro ministros que despacham no Palácio do Planalto.

General de 3 estrelas na escala militar, Floriano Peixoto é formado em Administração de Empresas, com MBA em Gerência Executiva, e desde 2014 está aposentado do Exército. Iniciou sua carreira militar em 1973, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), graduando-se na Arma de Infantaria, em 1976. É paraquedista militar. Cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e graduou-se na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde também frequentou o Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército.

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Serviu em diferentes organizações militares operacionais do Exército. Foi instrutor da AMAN e da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Comandou o 62º Batalhão de Infantaria, em Joinville (SC), e serviu na 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília, órgão que trata, entre outros assuntos, do relacionamento internacional da Instituição. Como general, comandou a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), em Caçapava (SP), chefiou a 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército e comandou a 2ª Divisão de Exército, em São Paulo, capital.

Contabiliza experiências no exterior, como aluno do Curso Avançado de Infantaria do Exército dos EUA; representante do Exército Brasileiro junto à Convenção de Genebra, Suíça; delegado Brasileiro junto à Conferência dos Exércitos Americanos; e Assessor Militar Brasileiro junto à Academia Militar de West Point, do Exército dos EUA.

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Integrou, por duas vezes, a missão de paz da ONU no Haiti. A primeira, como oficial de operações do 1º contingente brasileiro, e a segunda, na condição de Comandante das Forças Militares da ONU no país, durante o período que incluiu o terremoto que devastou o país. Integrou o Painel Independente de Alto Nível para estudo das Operações de Paz, cujo Relatório vem sendo implementado no âmbito do Organismo.

O general Maynard Santa Rosa, que assim como Floriano Peixoto já atuava na equipe de Bebianno, também foi convidado a permanecer na Secretaria de Assuntos Estratégicos. A Secretaria-Geral da Presidência tem entre suas atribuições modernizar a administração do governo e tocar os grandes projetos.

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Apoio de Onyx e de Mourão

A escolha de Floriano Peixoto contou com o apoio de Onyx Lorenzoni. Com isso, ele evita dividir o comando do núcleo político com alguém do PSL. Por outro lado, Onyx vira uma vidraça fácil. Ele já foi alvejado no início do governo por suspeitas de caixa 2 e não conta com a simpatia de Carlos Bolsonaro.

Reforça ainda a presença e a influência dos militares no governo, que tem no vice-presidente Hamilton Mourão o seu maior expoente.

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