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| Foto: Nilton Cardin/Estadão Conteúdo

A reunião na Casa Civil nesta quarta-feira (23) com entidades que representam os caminhoneiros e o governo federal terminou sem acordo. A categoria se encontrou com representantes da União em busca de uma saída para a greve que paralisa estradas e provoca desabastecimento pelo Brasil desde a última segunda-feira (21).

Estavam presentes o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; dos Transportes, Valter Casemiro; da secretaria de governo Carlos Marun; o diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Mário Rodrigues, o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José Fonseca Lopes, e o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno.

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“Vai continuar parado. A única coisa que concordamos é a liberação de carga viva, alimentos perecíveis, medicamento e oxigênio. Mas, depois de sexta-feira, não terá nada liberado”, afirmou Lopes, após a reunião.

Bueno afirmou que o governo não apresentou uma proposta concreta. Ficou acertada uma nova reunião nesta quinta (24), também no Palácio do Planalto. “O governo não ofereceu nada até agora. A proposta foi pedir um prazo para nós para que eles se posicionem amanhã [quinta, 24] às 14h”, disse o presidente da CNTA.

O presidente Michel Temer pediu aos caminhoneiros que eles dessem uma trégua a trégua de três dias para as paralisações. “Eu pedi que nesta reunião se solicitasse uma espécie de trégua para que em dois, três dias no máximo nós possamos encontrar uma solução satisfatória para os brasileiros e para os caminhoneiros”, disse.

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“Desde domingo nós estamos trabalhando nesse tema para dar tranquilidade não só ao brasileiro, que não quer ver parado o abastecimento, mas também tentando encontrar uma solução que facilite, especialmente, a vida dos caminhoneiros.”

Questionado sobre se a categoria atenderá ao pedido de “trégua”, Diumar Bueno afirmou que ficou apenas estabelecido o prazo para a nova reunião. “Não se trata de trégua, ele pediu um prazo para nos dar uma resposta, e o que foi estabelecido hoje foi esse prazo até amanhã às 14 horas”, declarou.

Diumar também destacou que a confederação avisou o governo sobre a insatisfação da categoria com o preço do diesel, além do pedido pelo fim da cobrança de pedágio de caminhões que trafegam vazios e com os eixos suspensos. Ainda de acordo com o presidente da entidade, os ministros na reunião explicaram a “impossibilidade” de atender às reivindicações da categoria.

O pedido é que o governo tome medidas que possam reduzir o preço dos combustíveis no país. A Abcam pede uma eliminação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e PIS/Cofins sobre combustíveis, além de uma mudança na política de reajuste de preços, que, na avaliação da categoria, deveria ocorrer a cada 90 dias. Na terça-feira (22), o governo anunciou que irá zerar a Cidade sobre o diesel.

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