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| Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O ex-assessor do presidente Michel Temer Rodrigo Rocha Loures foi transferido na tarde desta quarta-feira (7) da Superintendência da Polícia Federal em Brasília com destino ao complexo penitenciário da Papuda. Flagrado correndo com uma mala recheada com R$ 500 mil entregues por executivos do Grupo J&F, Rocha Loures está preso na PF desde sábado (3).

A Polícia Federal informou pela manhã que a defesa do ex-assessor apresentou um pedido protocolado no Supremo Tribunal Federal no qual solicita acesso integral aos autos da operação Patmos 48 horas antes da oitiva do peemedebista. Segundo a PF, o ministro Edson Fachin ainda não decidiu a questão, mas encaminhou à Procuradoria-Geral da República para urgente manifestação.

Por causa dessa solicitação, o depoimento de Rocha Loures foi cancelado, que estava previsto para esta quarta-feira (7), deve ocorrer na próxima sexta (9), às 9 horas.

Convocação e negativa

A mãe de Rocha Loures foi chamada a depor na Polícia Federal, mas a defesa do ex-assessor presidencial informou ao STF que se recusa a prestar depoimento como testemunha no inquérito em que o filho e o presidente Michel Temer são investigados no Supremo. O pedido à Corte é para que seja cancelado o depoimento.

A defesa de Vera Lilia Santos da Rocha Loures diz que ela foi surpreendida ao ser informada, por telefone, de que a PF pretende ouvi-la. Segundo os advogados, ela “é mãe, do lar, não reside nem participa da vida quotidiana de seu filho” e não tem conhecimento da investigação.

A defesa cita um trecho do Código de Processo Penal que diz que pais não são obrigados a depor “quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar a prova do fato e de suas circunstâncias”. ”Diante disso, a requerente vem manifestar expressamente sua recusa em prestar depoimento, o que faz com fundamento no artigo 206 do CPP, sobretudo porque não tem absolutamente nada a esclarecer sobre os fatos investigados, requerendo o cancelamento de sua oitiva em sede policial”, diz Cezar Roberto Bitencourt, um dos seis advogados que subscrevem o pedido da defesa.

Não está informado na petição o motivo alegado pela Polícia Federal para a convocação do depoimento dela.

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