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| Foto: José Cruz/Agência Brasil

A confirmação da saída de Henrique Meirelles do comando da Fazenda para tentar se viabilizar como candidato nas eleições à Presidência da República oficializa a corrida para quem irá sucedê-lo na liderança da pasta. Três nomes estão na disputa: o atual secretário-executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, o secretário de Acompanhamento Fiscal do Ministério, Mansueto Almeida, e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Dos três, Dyogo Oliveira seria o menos cotado. Ele é o nome de confiança do líder do governo no Senado e presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá (RR). E em que pese ter sido o responsável pela estratégia de saques das contas inativas do FGTS no ano passado, celebrada por Temer como uma de suas maiores vitórias, Oliveira não teria agradado o mercado financeiro tanto quanto Mansueto e Guardia, que atualmente integram a linha de frente do Ministério da Fazenda e contariam, inclusive, com o apoio do próprio Henrique Meirelles.

Tanto é assim que, na conversa com Temer em que acertou sua saída do governo, Meirelles teria sugerido ao presidente os nomes de Eduardo Guardia e de Mansueto Almeida.

A avaliação do ministro é de que manter a continuidade na equipe é o melhor caminho para evitar turbulências desnecessárias nessa reta final de governo, quando o Planalto espera avançar em projetos importantes da agenda microeconômica, aproveitando uma conjuntura econômica de curto prazo muito favorável.

As projeções apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que pode superar as expectativas e chegar a 3,4%, arrecadação em alta, inflação baixa e juros que tendem a cair ainda mais.

Confirmação

Nesta segunda-feira (26), o presidente Michel Temer confirmou que Meirelles, vai deixar o cargo nos próximos dias para tentar se viabilizar como candidato à Presidência da República. “Já era a intenção dele. Acertamos nesses últimos dias”, afirmou Temer à reportagem em rápida conversa por telefone. O presidente disse ainda não ter decidido quem substituirá Meirelles.

A estratégia do MDB é ter uma opção interna, caso o projeto de reeleição do presidente Michel Temer não decole. Para começar a impulsionar o nome de Meirelles, Temer levou a tiracolo o ministro em um giro pelo Nordeste na semana passada.

Há diversos secretários na Fazenda qualificados para substituição, diz Meirelles

Henrique Meirelles indicou que o seu substituto deverá ser escolhido entre os secretários da pasta. Ao ser questionado sobre nomes, o ministro saiu logo dizendo que o Ministério da Fazenda tem secretários qualificados e muito preparados para a sua posição. Ele disse, porém, que não vetou ou bloqueou nome que não seja da Fazenda.

“Vamos ver (substituto). Em primeiro lugar, vamos definir se decido ser candidato. Se eu sair, os secretários são totalmente qualificados. Mas eu não exclui ou vetei a possibilidade de vir alguém que não esteja no Ministério da Fazenda”, afirmou Meirelles.

Perguntado se poderia ser o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, Meirelles respondeu: “Eu não sei. Você que está dizendo.” Oliveira tem apoio do presidente do MDB, Romero Jucá.

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