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| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Em nota distribuída aos servidores da da Polícia Federal neste sábado (10) após o estrago interno e externo causado pelas declarações que concedeu no dia anterior à agência de notícias Reuters, o diretor-geral do órgão, Fernando Segovia, afirmou que “acompanha” todos os “casos que possam ter grande repercussão social” e que está “vigilante com a qualidade das investigações” do órgão.

O diretor-geral afirmou, na nota, que não disse à imprensa que o inquérito que investiga o presidente Michel Temer será arquivado. “Afirmei inclusive que o inquérito é conduzido pela equipe de policiais do Ginqe [unidade da PF para casos no STF] com toda autonomia e isenção, sem interferência da direção-geral.”

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A nota faz referência ao título da reportagem da Reuters, que usou o verbo “deve” para falar sobre a possibilidade de arquivamento do inquérito, mas não trata de todos os outros aspectos da entrevista, como as declarações de que as provas do inquérito sobre Temer são frágeis e que o delegado responsável, Cleyber Lopes, poderá ser processado administrativamente a propósito de perguntas que enviou ao presidente.

A PF, que a princípio cogitava divulgar uma nota à imprensa, disse que a manifestação de Segovia fica sendo a carta interna que enviou aos servidores do órgão.

Leia a íntegra da nota distribuída aos servidores da PF

“Afirmo que em momento algum disse à imprensa que o inquérito será arquivado. Afirmei inclusive que o inquérito é conduzido pela equipe de policiais do GInqE com toda autonomia e isenção, sem interferência da Direção Geral.

Acompanho e acompanharei com o cuidado e a atenção exigida todos aqueles casos que possam ter grande repercussão social, é meu dever, é o que caracteriza o cargo de direção máxima desta instituição, é o que farei.

Foi com este espírito que, em articulação com 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, reforçamos a equipe à disposição da Lava Jato, dobramos o número de policiais à disposição do Grupo de Inquérito Especiais, dotamos a unidade de meios, reservando quase integralmente uma ala do Edifício Sede. Assim também agimos, providenciando meios, em muitas investigações que ainda correm em fase velada. Também assim procedemos quando com altivez lutamos e conseguimos a definitiva implementação do adicional de fronteira, demanda histórica de nossos colegas lotados em alguns casos nas inóspitas e carentes regiões fronteiriças.

Reafirmo minha confiança nas equipes que cumprem com independência as mais diversas missões. É meu compromisso na gestão da PF resguardar os princípios republicanos. Asseguro a todos os colegas e à sociedade que estou vigilante com a qualidade das investigações que a Polícia Federal realiza, sempre em respeito ao legado de atuações imparciais que caracterizam a PF ao longo de sua história.”

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