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O número de venezuelanos que cruzam a fronteira com o Brasil aumentou drasticamente nos últimos meses, aumentando a crise de gestão em Roraima | Mauro Pimentel /AFP
O número de venezuelanos que cruzam a fronteira com o Brasil aumentou drasticamente nos últimos meses, aumentando a crise de gestão em Roraima| Foto: Mauro Pimentel /AFP

A intervenção federal em Roraima será discutida na tarde deste sábado, às 16 horas, em reunião no Palácio da Alvorada. O presidente Michel Temer chamou os conselhos da República e de Defesa Nacional para o encontro.

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Temer decretou intervenção federal no Estado após uma reunião de emergência convocada na noite de sexta-feira, na qual se discutiu a greve dos agentes penitenciários e da Polícia Militar. O interventor será o governador eleito, Antonio Denarium, do PSL, mesmo partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro. A intervenção foi decretada com o conhecimento dele. Denarium substituirá a atual governadora, Suely Campos (PP).

Uma das medidas discutida na sexta foi a liberação de um crédito extraordinário para pagar despesas em atraso do Estado, como salários de servidores e pagamentos a fornecedores. O valor será entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões. Temer deverá editar uma Medida Provisória para liberar o dinheiro. A primeira parcela será de R$ 23 milhões.

Salários

Denarium afirmou que sua prioridade será pagar os salários atrasados de servidores.

“Com certeza, os servidores receberão nos próximos dias. Há um compromisso do governo federal de sanear as contas do governo de Roraima”, declarou Denarium.

O estado enfrenta uma crise de segurança e de gestão, que se agravou com a recente paralisação de servidores da segurança pública, o descontrole nas finanças públicas e a tensão com a chegada em massa de imigrantes venezuelanos.

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Nesta semana, batalhões da Polícia Militar foram fechados por mulheres de militares, em protesto pelo pagamento de salários, que estão até três meses atrasados. Agentes penitenciários e policiais civis também paralisaram suas atividades.

Denarium fez um apelo para que servidores que estão paralisados ou que pretendem entrar em greve aguardem o pagamento nos próximos dias. “É importante lembrar que não há necessidade [de paralisação]”, disse.

O pesselista toma o lugar da atual governadora Suely Campos (PP), que foi comunicada por Temer sobre a decisão na noite de sexta. Ela ainda não se manifestou publicamente.

A intervenção em Roraima é mais ampla do que a realizada no Rio de Janeiro, Estado em que a União assumiu o comando da segurança pública e que também tem duração até 31 de dezembro. No Rio, a medida começou em 16 de fevereiro deste ano. Neste período, o Congresso fica impedido de votar Propostas de Emenda à Constituição (PEC).

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