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Estruturas da Vale foram destruídas pelo vazamento de lama | DOUGLAS MAGNO/AFP
Estruturas da Vale foram destruídas pelo vazamento de lama| Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP

Em nota divulgada para a imprensa na manhã deste sábado (26), o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou que nove pessoas morreram no desastre ocorrido nesta sexta-feira (25), em Brumadinho, após o rompimento de uma barragem da Vale na região. Segundo as estimativas ainda incertas, 300 pessoas estão desaparecidas e 189 já foram resgatadas. No entanto, existe uma discrepância na divulgação do número de mortos e desaparecidos feita pelo governo de Minas, que confirmou, na noite desta sexta-feira, sete mortos e 150 desaparecidos.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse em entrevista na noite desta sexta-feira, que são mínimas as chances de encontrar sobreviventes da tragédia em Brumadinho. “Vamos resgatar somente corpos”, lamentou. Zema comparou o rompimento com o caso de Mariana, que ocorreu em 2015. “O vazamento tem uma característica diferente daquele que aconteceu em Mariana que foram centenas de quilômetros. Este teve um maior número de vítimas, mas vai ficar territorialmente mais limitado”, disse o governador.

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O número de desaparecidos pode ser ainda maiores. Nesta manhã, a Vale divulgou em seu site uma lista com os nomes de funcionários com os quais não se conseguiu contato até o momento. São 413 trabalhadores, dos quais 90 são terceirizados, de acordo com as informações divulgadas às 9 horas. A lista está sendo atualizada em tempo real, conforme as pessoas são localizadas. Na sexta-feira (25), a justiça decretou o bloqueio de R$ 1 bilhão da empresa.

A mineradora disponibilizou também atendimento telefônico à população, assim como ações de uma equipe de assistentes sociais e psicólogos para atendimento dos atingidos e de seus familiares. Os números para contato são: 0800 285 7000 (Alô Ferrovia - prioritário) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale).

Novos riscos

O risco de rompimento de uma segunda barragem de água levou a Defesa Civil a suspender as buscas e evacuar as áreas atingidas pela lama e duas comunidades ribeirinhas. A decisão foi tomada de madrugada. Agora, novas equipes são esperadas, de acordo com equipes de resgate que trabalharam no local. Elas vão trabalhar na contenção. Um grupamento do exército de Juiz de Fora também é aguardado e deve assumir a tarefa de retirada dos corpos por decisão do governo. Na região, fala-se em até 500 mortos.

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Os corpos estão sendo levados para um edifício próximo à UPA de Brumadinho. Na unidade, estão também alguns dos feridos.

O Corpo de Bombeiros de Minas informou que as buscam na região de Brumadinho contam com 13 aeronaves, sendo cinco da corporação do Estado, uma do Rio de Janeiro, quatro da Polícia Militar de Minas Gerais, duas da Polícia Civil e uma da FAB.

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