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Bolsonaro e Trump no Salão Oval da Casa Branca. | Brendan Smialowski /AFP
Bolsonaro e Trump no Salão Oval da Casa Branca.| Foto: Brendan Smialowski /AFP

Recebido pessoalmente por Donald Trump na chegada ao Salão Oval da Casa Branca nesta terça-feira (19), Jair Bolsonaro se encontrou pela primeira vez com o presidente dos Estados Unidos. Em 10 minutos em que o encontro entre os dois pôde ser registrado pela imprensa, eles trocaram camisetas de suas seleções de futebol, num sinal de amizade. Trump disse que iria conversar com Bolsonaro sobre intervenção militar na Venezuela, que pensa em facilitar os vistos para entrada de brasileiros nos EUA e que vai apoiar a entrada do Brasil na OCDE – o clube das nações desenvolvidas.

“Estamos pensando muitas coisas em diferentes opções”, disse Trump sobre a relação dos EUA com o Brasil. “Também estamos pensando facilitar os vistos [para brasileiros]. Mas o comércio que temos com o Brasil não é tão bom como deveria ser. Temos que trabalhar para que seja o melhor possível.” Na segunda-feira (18), o governo brasileiro anunciou que vai dispensar cidadãos norte-americanos do visto de entrada no Brasil mesmo sem haver a mesma decisão da parte dos EUA.

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Trump sobre a Venezuela: “Todas as opções estão sobre a mesa”

Mostrando-se à vontade em relação aos temas abordados, Trump falou que irá discutir com Bolsonaro a possibilidade de um apoio do Brasil a uma intervenção militar na Venezuela. “Nós temos que discutir isso. Eu sei exatamente o que quero que aconteça na Venezuela. Nós temos opções diferentes sobre a Venezuela. Vamos conversar sobre elas. Todas as opções estão sobre a mesa. É uma vergonha o que está acontecendo na Venezuela, toda a crise e fome, vamos falar sobre isso em profundidade”, disse Trump.

O governo brasileiro, contudo, vem negando que pretenda promover uma intervenção armada para tirar o ditador venezuelano Nicolás Maduro do poder – embora na segunda-feira (19) Bolsonaro tenha dito que o Brasil conta com a capacidade bélica dos EUA para “libertar a Venezuela”.

Trump também se comprometeu a apoiar a tentativa do Brasil de entrar na OCDE. “Eu estou apoiando o Brasil para entrar na OCDE”, disse.

A OCDE é uma instituição internacional de 36 países que aceitam os princípios da democracia representativa e da economia de mercado. A maioria das nações que fazem parte do grupo são desenvolvidas. A entrada do Brasil na OCDE, além do prestígio, poderia trazer benefícios ao país porque a OCDE tem, entre seus objetivos, apoiar o crescimento econômico de seus membros, manter a estabilidade da economia, desenvolver o nível de emprego, aumentar a renda e estimular o comércio internacional.

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Apesar disso, nos bastidores a informação é de que os EUA, em troca do apoio, querem que o Brasil abra mão de benefícios que tem na Organização Mundial do Comércio (OMC). Por ser um país em desenvolvimento, o Brasil tem direito, por exemplo, a ter prazos maiores para cumprir acordos comerciais internacionais.

Troca de camisetas

Bolsonaro e Trump trocam camisetas das seleções.
Brendan Smialowski/AFP

No encontro no Salão Oval, Jair Bolsonaro apenas fez um breve discurso, em que elogiou o presidente americano e falou da aproximação entre o Brasil e Estados Unidos. “É uma satisfação estarmos nos EUA. Depois de algumas décadas de presidentes antiamericanos, o Brasil mudou a partir de 2019. E obviamente temos muito a conversar, muita coisa a oferecer um para o outro para o bem dos nossos povos”, disse Bolsonaro. “Temos muito em comum com o senhor Donald Trump e isso pra mim é motivo de orgulho e satisfação.”

O momento de descontração do encontro foi a troca de camisetas de camisetas das seleções de futebol dos EUA e do Brasil entre Trump e Bolsonaro. O brasileiro recebeu uma com seu nome e o número 19 – não foi explicado o significado da simbologia do número. E Trump ganhou uma camiseta do Brasil com o número 10. Bolsonaro explicou que se tratava da camisa do maior jogador de todos os tempos, Pelé.

Após o encontro no Salão Oval, Bolsonaro e Trump almoçaram juntos e depois concederam uma entrevista a jornalistas nos jardins da Casa Branca.

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