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| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O movimento O Sul é Meu País promove neste sábado (7), das 8h às 20h, um plebiscito informal para consultar os eleitores de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul sobre a possibilidade de se separar do resto do Brasil. A organização da consulta, batizada de Plebisul, espera contar com a participação de um milhão de moradores dos três estados do Sul – o equivalente a quase 5% do eleitorado da região, composto por 21,28 milhões de pessoas. E o que vai tudo o que você precisa saber sobre a consulta.

Quem pode participar?

Qualquer eleitor pode participar – inclusive os que são contrários à separação. “O objetivo desta consulta popular é saber verdadeiramente o que pensam todos os sulistas”, justifica texto do movimento sobre o plebiscito.

A consulta é legal?

A consulta informal – que não é um plebiscito – não tem nenhum valor legal, fato que é admitido pelo próprio movimento. Mas também não é crime, desde que não sejam cometidos outros atos ilícitos. “O fato de querer separar por si só não é crime, só se tiver associado a um ilícito, como um crime de preconceito, por exemplo” explica a professora Vera Karam de Chueiri, diretora da Faculdade de Direito da UFPR.

Se o Sul se separar do resto do Brasil, qual será seu nome?

Esta é uma pergunta sem resposta. Os integrantes do movimento O Sul é meu país dizem que ainda não é momento de definir coisas como nome, bandeira, hino e moeda da possível nova nação. Mas sugestões de nomes não faltam: de Araucânia a Brasul, a criatividade não tem limites.

Se fosse um país, o Sul sobreviveria?

Participação alta no Produto Interno Bruto (PIB), geração de empregos em recuperação, melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e economia bem distribuída entre agropecuária, indústria, comércio e serviços. Isso é suficiente para que o Sul vire um novo país? Para o movimento separatista, sim. Para especialistas, não.

Nordeste, Norte e até Brasília também querem se separar

Há gente de praticamente todos os cantos do Brasil que quer separar seus estados ou suas regiões da “corrupção” e dos impostos de Brasília. E também tem quem quer separar Brasília do resto do Brasil para livrar o Distrito Federal dos corruptos do restante do país. Cada vez mais surgem movimentos separatistas e não há estado ou região que não esteja nos planos de independência de algum grupo: Sul, Nordeste, Norte, São Paulo, Rio, Minas, Ceará, Roraima... e até mesmo o Distrito Federal. Quer conhecê-los?

Separar vale a pena?

Qualquer mudança traz ônus e bônus, ainda mais uma divisão de país. Mas parece que o pessoal do movimento separatista tem na ponta da língua boas razões para a separação. O problema é que elas não são tão boas assim. Quer um exemplo? A usina de Itaipu. Não é porque ela está localizada no estado do Paraná que automaticamente seria do novo país. A questão é bem mais complexa.

E é uma decisão bem difícil

Movimentos separatistas são mais comuns do que parecem – e, em alguns casos, muito mais agressivos e violentos. Nem sempre e a separação é garantia de melhoria de vida imediata para aquela população, embora o fator cultural possa justificar a secessão. Um exemplo é o Sudão do Sul: separou-se do Sudão em 2011, dando fim a décadas de guerra civil, mas está imerso em mais conflitos e passando por uma gravíssima crise humanitária.

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