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Baleia Rossi: “O MDB não reivindicou cargos e não indicou ninguém”. | Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Baleia Rossi: “O MDB não reivindicou cargos e não indicou ninguém”.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Após reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em Brasília, o líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), deu o tom de como será a postura amigável do partido em relação ao novo governo, pelo menos em um primeiro momento. “Fazer oposição por oposição pode ser ruim para o país. Vamos ajudar votando medidas importantes”, afirmou. Apesar disso, ele assegurou que o partido não fez exigências ao presidente eleito. “O MDB não reivindicou cargos e não indicou ninguém”, disse. Baleia Rossi também negou que tenha sido discutida a sucessão da presidência da Câmara.

Segundo o deputado do MDB, embora a sigla seja oficialmente independente, o partido do presidente Michel Temer “saberá votar o que é importante para a recuperação econômica” do país e atuará com “responsabilidade”. Durante o encontro, Bolsonaro não pediu apoio específico para a reforma da Previdência, de acordo com o líder do MDB. “Ele falou de maneira genérica, mas sabemos que pauta econômica é urgente”, disse Baleia.

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Bancada do MDB foi a primeira de um partido a ser recebida por Bolsonaro

O MDB foi o primeiro a ter a bancada recebida por Bolsonaro. O presidente eleito buscou priorizar as bancadas temáticas num primeiro momento. Estiveram presentes no encontro desta terça todos os parlamentares da legenda – 9 deputados eleitos e 25 reeleitos.

Baleia Rossi disse ainda que o clima da conversa foi positivo, amistoso e que Bolsonaro foi gentil. “Ficamos felizes pelo MDB ter sido primeiro partido a ser recebido”, comemorou.

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Baleia também celebrou o fato de um emedebista, o deputado Osmar Terra, ter sido escolhido como ministro da Cidadania, mas alegou que não foi uma escolha política, e sim da bancada social. “Osmar Terra teve apoio da bancada do MDB, mas não foi indicação nossa.”

Baleia elogiou a postura de Bolsonaro ao dialogar com as bancadas temáticas. “Ele agiu corretamente ao dialogar com as frentes parlamentares porque foi um compromisso de campanha”, disse. Para o deputado, caso contrário, Bolsonaro iniciaria a transição já enfraquecido diante da sociedade. Baleia considera que a política passa por um novo momento e que é preciso se adaptar.

Bolsonaro usou discurso antipetista para convencer partidos a apoiá-lo

Segundo relatos de deputados que estiveram na reunião com Bolsonaro, o presidente eleito usou o discurso antipetista para tentar obter o compromisso de legendas de apoiarem o seu governo. Ele disse que um eventual fracasso representará a volta do grupo que comandou o país de 2003 a 2016.

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“[Bolsonaro] pediu pra gente caminhar juntos, porque se der certo para mim, dá certo para todo mundo. Se der errado, todo mundo perde”, afirmou o vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (MDB-MG), na saída.

Desde quando teve início a transição, líderes partidários têm reclamado de não terem sido consultados para a formação de seu ministério, diferentemente do que foi feito em outros governos.

Apesar de nos bastidores estarem preocupados por serem ignorados, oficialmente têm usado discurso de quem não esperam a política de troca de cargos por apoio.

O presidente eleito também recebeu a bancada do PRB. Nesta quarta, Bolsonaro vai se encontrar com parlamentares do PSDB e o PR.

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