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Plenário do Senado fica às escuras após ‘protesto’ de senadoras que se recusam a deixar mesa diretora | Flávia Pierry/Gazeta do Povo
Plenário do Senado fica às escuras após ‘protesto’ de senadoras que se recusam a deixar mesa diretora| Foto: Flávia Pierry/Gazeta do Povo

A sessão extraordinária que votará o texto da reforma trabalhista começou com confusão no Senado Federal. As senadoras Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) estavam ocupando a mesa do plenário do Senado, comandando a sessão, se recusaram a sair e ceder o lugar para Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente da Casa, e sua mesa diretora que abririam a ordem do dia.

A sessão desta terça-feira (11) tem pauta única: a votação da reforma trabalhista. Com a recusa das senadoras em deixar o local, a luz do plenário do Senado foi apagada e houve cortes da água e ar-condicionado. A transmissão da TV Senado também foi interrompida.

Ao ocupar a mesa, Gleisi fez o que ela própria propôs no último sábado (8), em evento para lançar um movimento suprapartidário pelas Diretas Já. Na ocasião, ela sugeriu que o Senado fosse ocupado e que sentassem na cadeira do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para que a reforma trabalhista não fosse colocada em votação. E acrescentou que preferencialmente deveriam ser mulheres a fazer isso, já que o risco de enfrentamento físico seria menor.

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Irritado com a situação, Oliveira deixou o plenário dizendo que “nem na ditadura se fazia isso”. Enquanto isso, os senadores da oposição aproveitam a confusão para gravar vídeos e postar em suas redes sociais.

Vídeo: Gleisi Hoffmann comenta o protesto e a reforma trabalhista

O protesto das senadoras da oposição está atrasando o início da votação. A sessão desta terça foi aberta pouco depois das 11h, com a presença de 26 parlamentares. Pelo regimento, é necessária presença de 41 senadores em plenário para votação de projetos como o da reforma trabalhista. Uma vez aberta a votação, o texto precisa do apoio de metade mais um dos presentes para ser aprovado. Em caso de presença de todos os 81 senadores, o governo precisaria de 41 votos para aprovar a matéria.

Por volta do meio-dia, o plenário já contava com 46 senadores presentes e a reforma já podia ser votada, mas o tumulto causado pelo protesto de oposicionistas impediu o prosseguimento da sessão. Ao anunciar a suspensão, Eunício recebeu apoio de senadores governistas e reação negativa dos parlamentares da oposição.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é o relator do projeto da reforma trabalhista nesta sessão. O papel do relator é defender o texto apoiado pelo governo na sessão. Inicialmente, o relator era o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) – tucano que apoia a reforma, mas não defende mais o governo Michel Temer (PMDB). Jucá assumiu a relatoria das emendas em Plenário, no lugar de Ferraço, porque o tucano estava ausente da sessão da última quinta-feira (6). Como relator, Jucá já deu parecer contrário às mais de 170 emendas apresentadas ao projeto em plenário.

Veja como estava o plenário por volta de 13h20 desta terça-feira (11) (vídeo de Flávia Pierry, correspondente em Brasília)
Entrevista com Gleisi Hoffmann, senadora (PT-PR) (vídeo de Flávia Pierry, correspondente em Brasília)
Entrevista com Enio Verri, deputado federal (PT-PR) (vídeo de Catarina Scortecci, correspondente em Brasília)
Entrevista com Jorge Vianna, senador (PT-AC) (vídeo de Catarina Scortecci, correspondente em Brasília)
Entrevista com Garibaldi Alves Filho, senador (PMDB-RN) (vídeo de Catarina Scortecci, correspondente em Brasília)
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