Ao comentar sobre a fala em que o presidente Lula (PT) defende a taxação de heranças, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a “venezuelização do Brasil” avança a “passos largos”.
Bolsonaro também disse que “a esquerda nunca escondeu insistir no fim da propriedade privada, seja no campo, seja na cidade”.
Bolsonaro ainda lembrou do discurso proferido pelo líder do Movimento Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile, durante visita ao Papa, no Vaticano, em maio deste ano.
“Há poucos dias o líder do MST foi ao Papa literalmente demonizar a propriedade privada, assim como age o Movimento Sem-Teto, outro braço do PT, na figura do PSOL [...] Hoje, propõem mais estado frente a herança do trabalho suado da família. Sempre se camuflam e serpenteiam para conseguir seus objetivos. Comparam com os EUA de forma dissimulada e calculada como se o estado lá fosse como o de cá. Então, no fim, avançam mais um passo em nome de seu plano de dominação”, escreveu Bolsonaro no X, nesta quarta-feira (24).
“Os métodos estão escancarados e sendo mascarados com a ajuda da rede Globo e seu verdadeiro gabinete do ódio, pagos com bilhões de reais dos contribuintes. Aos que crêem que as coisas podem acontecer desde que seja sempre no vizinho já não existem mais. Cuidado, pois avançam a passos largos com a Venezuelização do Brasil. O assunto já deixou de ser uma briga entre direita e esquerda, afetando a todos num futuro próximo”, completou o ex-presidente.
Nesta terça-feira (23), o presidente Lula afirmou que o imposto sobre herança cobrado no Brasil -- o ITCMD -- é “nada” se comparado ao tributado nos Estados Unidos, onde empresários costumam doar bens para instituições de ensino.
“Nos Estados Unidos, quando uma pessoa tem herança e ela morre, 40% da herança é paga de imposto. Uma fazenda dessa, se fosse vendida pelos herdeiros, 40% era de imposto. Então, nos Estados Unidos, como o imposto é caro, você tem muitos empresários que fazem doação de patrimônio para universidade, para instituto, para laboratório, para fundações”, disse Lula.
A fala ocorre em meio à discussão da regulamentação da reforma tributária que já passou pela Câmara dos Deputados e agora será analisada pelo Senado. Entre as mudanças está a elevação da alíquota, que se tornará progressiva de acordo com o valor entre 2% e 8%.
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