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O general Juarez Aparecido de Paula Cunha, presidente dos Correios, teve sua demissão anunciada por Bolsonaro num café com jornalistas.
O general Juarez Aparecido de Paula Cunha, presidente dos Correios, teve sua demissão anunciada por Bolsonaro num café com jornalistas.| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na manhã desta sexta-feira (14) que pretende demitir o presidente dos Correios, o general Juarez Aparecido de Paula Cunha. O anúncio foi feito no café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

O motivo teria sido a participação do general em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na semana passada, em que lamentou uma possível privatização da estatal. O presidente teria classificado o comportamento do general como "sindicalista", de acordo com a "Folha de S. Paulo".

Se confirmada a demissão, Cunha será o segundo general demitido por Bolsonaro em dois dias. Na quinta-feira (13), o presidente dispensou Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo.

O general Cunha falou na Comissão de Legislação Participativa para uma plateia de sindicalistas e parlamentares de oposição. Ele disse acreditar que, em caso de privatização, “a parte boa” dos Correios será vendida.

“Eu não queria falar de privatização, até porque não é problema meu, se privatizarem uma parte dos Correios, eu acredito que vai ser do lado bom, o que tirar daqui vai faltar lá. E quem vai pagar essa conta? Esse alguém será o Estado brasileiro ou o cidadão brasileiro que paga imposto. É um negócio complicado”, disse o presidente dos Correios na ocasião.

Dois dias depois, Bolsonaro contrapôs essas afirmações e escreveu no Twitter que a privatização dos Correios ganhou força: "Serviços melhores e mais baratos só podem existir com menos Estado e mais concorrência, via iniciativa privada. Entre as estatais, a privatização dos Correios ganha força em nosso governo".

Juarez de Paula Cunha assumiu a presidência dos Correios ainda durante o governo de Michel Temer, em novembro de 2018, e lá permaneceu após a posse de Bolsonaro.

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