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Bolsonaro e Toffoli
O presidente da República, Jair Bolsonaro, com o presidente do STF, Dias Toffoli. (Foto: EVARISTO SA / AFP)| Foto: AFP

Um dia após o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes censurar reportagem publicada na revista Crusoé e no site O Antagonista, o presidente da República, Jair Bolsonaro defendeu em sua conta no Twitter a liberdade de expressão como "direito legítimo e inviolável."

O ministro do STF mando retirar do ar reportagem e notas publicadas na semana passada sobre uma menção ao presidente da corte, Dias Toffoli, feita em um email do empresário e delator Marcelo Odebrecht.

Veja também: Em nova a censura, ministro do STF manda bloquear redes sociais de 7 investigados

Na mensagem publicada nesta terça no Twitter, Bolsonaro não mencionou a decisão de Moraes, que gerou críticas de entidades de defesa da liberdade de imprensa.

"Acredito no Brasil e em suas instituições e respeito a autonomia dos Poderes, como escrito em nossa Constituição. São princípios indispensáveis para uma democracia. Dito isso, minha posição sempre será favorável à liberdade de expressão, direito legítimo e inviolável", escreveu o presidente em sua conta do Twitter.

Censura do STF foi pedido de Toffoli a Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes atendeu a um pedido de Toffoli, no âmbito de um inquérito aberto pelo STF em março para apurar fake news e divulgação de mensagens que atentem contra a honra dos integrantes do tribunal.

A reportagem de Crusoé que motivou a ação do Supremo mostrou que Marcelo Odebrecht enviou à Polícia Federal, no âmbito de uma apuração da Lava Jato no Paraná, esclarecimentos sobre menções a tratativas lícitas e ilícitas encontradas em seus emails.

A decisão do ministro do STF também deflagrou, nesta terça-feira, uma operação da Polícia Federal que cumpre mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Goiás, conforme antecipou o jornal Folha de S.Paulo. O objetivo dos policiais são computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos dos suspeitos.

Um dos alvos da PF é o general da reserva Paulo Chagas, que foi candidato ao governo do Distrito Federal em 2018. Ele é apontado por Moraes como suspeito de "postagens nas redes sociais de propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política e social, com grande repercussão entre seguidores".

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