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Pazuello e Bolsonaro durante o ato de apoio ao presidente, no Rio de Janeiro.
Pazuello e Bolsonaro durante o ato de apoio ao presidente, no Rio de Janeiro.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (23), durante um ato de apoio a ele no Rio de Janeiro, que a pandemia de coronavírus está chegando ao fim. No ato, Bolsonaro também prestigiou o general Eduardo Pazuello, apenas três dias após o ex-ministro da Saúde ter sido ouvido na CPI da Covid.

Pazuello chegou à manifestação usando máscara contra a Covid-19. Mas a colocou no queixo durante o trajeto até o carro de som em que Bolsonaro estava. E a tirou quando estava ao lado do presidente. Bolsonaro tampouco usava a máscara, bem como grande parte das pessoas que estavam na manifestação. O presidente abraçou Pazuello e se dirigiu à multidão chamando o ex-ministro de "nosso gordinho".

Durante seu depoimento à CPI da Covid, realizado na quarta (19) e quinta-feira (20), Pazuello disse defender o uso de máscara como medida para evitar a disseminação do coronavírus.

"Estamos no final da pandemia, se Deus quiser", diz Bolsonaro

Durante o discurso, Bolsonaro disse entender que a pandemia de coronavírus está acabando. "Estamos no final da pandemia, se Deus quiser", disse Bolsonaro.

Mas ele ponderou que, até que isso não ocorra, fará tudo o que for necessário para garantir a liberdade e o direito de ir e vir da população. Segundo o presidente, essas liberdades estão ameaçadas por lockdowns e medidas de toque de recolher "sem comprovação científica" adotadas por governadores e prefeitos. "O meu Exército brasileiro jamais vai às ruas para manter vocês em casa", disse.

Em outras ocasiões, Bolsonaro já havia afirmado ter um decreto pronto para proibir medidas restritivas contra a Covid-19 estabelecidas por estados e municípios.

No discurso, Bolsonaro também afirmou que o interesse do povo tem de estar acima dos interesses dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. "Acima dos três poderes está em primeiríssimo lugar o povo brasileiro."

Bolsonaro também aproveitou para alfinetar o PT, insinuando que o país estaria muito pior se Fernando Haddad (PT), com quem concorreu no segundo turno das eleições de 2018, tivesse sido eleito. "Imagine se o poste [de Lula] tivesse sido eleito presidente da República, como estaria o país".

Discurso ocorreu após passeio com 10 mil motociclistas

O discurso de Bolsonaro ocorreu após ele participar de um passeio de moto que reuniu cerca de 10 mil motociclistas, segundo os organizadores da manifestação.

Pouco antes de o passeio começar, Bolsonaro cumprimentou uma pequena multidão que se reuniu no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio, onde ocorreu a concentração do ato. O presidente não usava máscara contra a Covid-19, bem como a maioria das pessoas que se reuniu para ver o presidente.

Ao longo do trajeto, o presidente foi cumprimentado por milhares de pessoas que estavam nas calçadas. O passeio foi encerrado no Aterro do Flamengo, na Zona Sul, cerca de uma hora e meia depois – local em que ocorreu o discurso. Antes de falar à multidão, ele também cumprimentou pessoas que estavam no local para vê-lo – desta vez, a quantidade de pessoas que usava máscaras era maior do que na concentração.

Para garantir a segurança de Bolsonaro e dos participantes da manifestação, cerca de mil policiais foram destacados pela Polícia Militar do Rio.

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