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O presidente da República Jair Bolsonaro
Bolsonaro diz que vai manter o PSL sob controle na votação no Senado.| Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu nesta quinta-feira (23) que o Senado aprove a medida provisória da reestruturação do governo no mesmo formato que foi aprovada pela Câmara.

Em live semanal, transmitida nas redes sociais, ele afirmou que a bancada federal do PSL, partido a que é filiado, tem de compreender que nem sempre é possível ganhar.

Mais cedo, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), defendeu que o resultado seja modificado na Casa, com a permanência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no Ministério da Justiça.

"No meu entender, deve aprovar o que foi votado na Câmara e vamos seguir em pautas mais importantes. A minha bancada, a do PSL, é uma bancada de parlamentares bastante novos. Alguns ainda acham que tem de ganhar todas. Não dá, a gente vai perder alguma votação. Sem problema algum", disse.

Ele ressaltou que a bancada da sigla não vai atrapalhar votações no que depender dele. O presidente observou, no entanto, que apesar de ser filiado à legenda, não tem ascendência sobre ela e que são os líderes do governo quem fazem a negociação política.

No momento em que comentava a votação da medida provisória, Bolsonaro se confundiu e disse que, na verdade, a Câmara manteve o Coaf na Justiça, apesar de ter reconhecido a derrota.

"A medida provisória foi aprovada. O Coaf foi lá para o Ministério da Justiça e continua no Poder Executivo, sem problema nenhum. E deve ser votada na semana que vem no Senado Federal", disse.

Nas últimas semanas, a articulação política do Palácio do Planalto vinha negociando com os partidos do chamado centrão a permanência na Justiça da estrutura responsável por prevenir crimes de lavagem de dinheiro.

O resultado representou uma derrota ao ministro Sergio Moro. Na tentativa de revertê-lo, parlamentares bolsonaristas iniciaram uma articulação para reverter o resultado no plenário do Senado, movimento capitaneado por Bezerra.

O presidente ressaltou que o Poder Legislativo tem "autoridade" e "legitimidade" para tomar as suas posições.

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