Pela decisão, cerca de 1.800 cargos teriam de ser cortados em 12 meses. Ainda cabe recurso.
Pela decisão, cerca de 1.800 cargos teriam de ser cortados em 12 meses. Ainda cabe recurso.| Foto: Alesp/Divulgação

A Justiça de São Paulo mandou a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) cortar mais de mil cargos comissionados, ou seja, funcionários de livre nomeação escolhidos por meio de indicação política. O juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª vara da fazenda pública, determinou que a Casa Legislativa adote a paridade, ou seja, tenha apenas um cargo comissionado para cada efetivo - quadro técnico que exige concurso. Atualmente, a proporção de cargos é de 2.479 comissionados para 606 efetivos. A rigor, cerca de 1.800 cargos teriam de ser cortados em 12 meses. Ainda cabe recurso da decisão. "Em suma, o elevado número de cargos comissionados dentro de um mesmo nível hierárquico, como se constata nos diversos cargos de diretores, assessores, assistentes, jornalistas e secretários, revela desproporção, abuso e subversão dessa modalidade excepcional de contratação", escreveu o juiz na decisão. Atualmente, é possível que cada deputado tenha em seu gabinete até 23 servidores de livre nomeação, dependendo da maneira como o parlamentar escolher organizar a equipe. Procurada, a Mesa Diretora da Alesp ainda não se manifestou.