Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (28) a venda e o uso de autoteste para diagnóstico da Covid-19 no Brasil. A diretoria colegiada se reuniu nesta manhã para decidir sobre o tema. Mesmo com a aprovação dos autotestes, eles não serão comercializado a partir desta sexta, pois a agência ainda precisa definir todos os critérios para registro desses produtos. As empresas devem solicitar o registro antes de disponibilizarem o autoteste em farmácias e podem criar ferramentas como um QRCode para registro dos resultados.

A diretora Meiruze Sousa Freitas deu início à reunião desta manhã, pois o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, não estava presente "por motivo pessoal e excepcional", para o tratamento de saúde de pessoa da família. Quatro diretores votaram e a decisão foi unânime. A relatora do pedido na agência, Cristiane Rose Jourdan, votou pela liberação da venda dos autotestes. Os diretores Rômison Rodrigues Mota, e Meiruze Sousa Freitas acompanharam a relatora e formaram a maioria pela liberação.

No último dia 19, quatro diretores da Anvisa decidiram pelo adiamento da decisão e cobraram mais dados do Ministério da Saúde. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, solicitou a liberação dos autotestes devido ao avanço da variante ômicron que resultou em uma explosão de casos da doença no país. A pasta encaminhou as informações solicitadas pela agência nesta terça-feira (25).

O autoteste é parecido com o teste rápido, muito usado nas farmácias, mas pode ser feito em casa por qualquer pessoa. Cada kit contém uma swab nasal, uma espécie de cotonete, que deve ser introduzido no nariz, um tubo de extração com o líquido usado para a testagem e um bastão que analisa o material coletado. O resultado fica pronto em torno de 15 minutos.