Sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília
A Anvisa reforçou que o uso é restrito a hospitais, sob prescrição médica, e não pode ser comercializado em farmácias.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quinta-feira (13), o uso de dois medicamentos, os anticorpos monoclonais banlanivimabe e etesevimabe, para o tratamento de pacientes diagnosticados com a Covid-19 no Brasil. A decisão foi anunciada durante reunião extraordinária e tem caráter emergencial, com autorização temporária para atender às demandas da pandemia.

Produzidos pela empresa Eli Lilly do Brasil Ltda., os anticorpos associados são indicados para adultos e pacientes pediátricos, acima dos 12 anos e com mais de 40 quilos, com infecção comprovada em laboratório e que estejam no grupo de alto risco para a doença (comorbidades, idade avançada, obesidade etc.). A Anvisa frisou, entretanto, que o tratamento não deve ser administrado em pacientes que já estejam com quadro grave da doença, o que pode "piorar o desfecho clínico".

Os medicamentos são indicados logo após a identificação do coronavírus no corpo e até dez dias após o início de sintomas. Eles atuam neutralizando o vírus antes que ele entre na célula. A Anvisa também reforçou que o uso é restrito a hospitais, sob prescrição médica, e não pode ser comercializado em farmácias. De acordo com o estudo clínico apresentado à agência, o tratamento reduz em até 70% o risco relativo da Covid-19.