A crise criou um mercado paralelo de cilindros de oxigênio, fazendo com que empresas cheguem a esconder os produtos para se aproveitar a hiperinflação causada pela escassez.
A crise criou um mercado paralelo de cilindros de oxigênio, fazendo com que empresas cheguem a esconder os produtos para se aproveitar a hiperinflação causada pela escassez.| Foto: Michael DANTAS / AFP

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu, em manifestação enviada nesta quarta (27) ao Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão parcial da decisão liminar que obrigou o governo do Amazonas a fornecer oxigênio medicinal ao Hospital da Unimed em Manaus em meio à crise da falta do insumo.

Para aras, é preciso encontrar uma forma "menos gravosa" de resolver o impasse. A sugestão foi manter a obrigação de providenciar oxigênio hospitalar apenas a pacientes em estado grave que não possam ser transferidos para outras unidades.

O PGR afirmou ainda que "é pública e notória a crise de desabastecimento de oxigênio em todo o Estado do Amazonas, o que impede o efetivo cumprimento da decisão". No caso de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), com risco considerado mais baixo, a recomendação foi a transferência para outras unidades particulares, custeada pelo próprio Hospital da Unimed.