Augusto Aras
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Evartisto Sá/AFP

O procurador-geral da República Augusto Aras defendeu a possibilidade de um depoimento por escrito do presidente Jair Bolsonaro no inquérito que apura suposta interferência política na Polícia Federal. O parecer foi enviado em recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União após o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinar a oitiva presencial de Bolsonaro. Nesta quarta (23), o ministro Marco Aurélio Mello, que está sob a relatoria do inquérito enquanto o decano se encontra em licença médica, enviou o caso para julgamento no plenário virtual da Corte. Em parecer enviado sobre o recurso da AGU, Aras afirmou que a decisão de Celso de Mello tem "inconsistência" em seu "raciocínio jurídico". Segundo o PGR, este cenário possibilita ao presidente deixar de comparecer ou ficar em silêncio durante a oitiva, "situações em que nada acrescentaria à apuração em curso". A manifestação de Aras é alinhada à da AGU, que também defende o depoimento por escrito de Bolsonaro.