Procurador-geral da República, Augusto Aras.
“Procuradores são iguais, admitidos por concurso público e todos devem ter, presumivelmente, as mesmas capacidades de combater a corrupção.” disse Aras.| Foto: Evaristo Sá/AFP

No mesmo dia em que a força-tarefa da Lava Jato foi oficialmente encerrada, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu as mudanças estruturais dentro do Ministério Público e afirmou que os “procuradores não são estrelas.” As declarações foram feitas após a sessão de abertura do ano legislativo no Congresso e reproduzidas pelo jornal o Globo.

“A verdade é que os Gaecos institucionalizam as atividades das forças-tarefas, que não tinham nenhuma institucionalidade. As forças-tarefas continuam no modelo institucional de Lava-Jato, onde os membros são os mesmos, com garantias, inclusive, de mandato de biênio, onde existem projetos de início, meio e fim.”, afirmou. “Mudaram-se alguns nomes, continuam alguns poucos nomes do passado, mas os procuradores não são estrelas. Procuradores são iguais, admitidos por concurso público e todos devem ter, presumivelmente, as mesmas capacidades de combater a corrupção.”, concluiu.

Aras afirmou ainda que as mudanças foram feitas de forma consensual e que não poderia haver reação por parte dos integrantes da força-tarefa, uma vez que agora a PGR está dando ainda mais apoio e segurança aos trabalhos. Apesar das declarações do procurador-geral da República, o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, se manifestou pelas redes sociais, afirmando que a mudança era preocupante. “O fim da força-tarefa de procuradores na Lava Jato, incorporada no recentemente criado GAECO do Ministério Público Federal no Paraná, causa preocupações.”, declarou em mensagem publicada no Twitter.