Segundo as investigações, ataque seria um protesto contra o que o suspeito considerava uma ditadura do Judiciário.
Segundo as investigações, ataque seria um protesto contra o que o suspeito considerava uma ditadura do Judiciário.| Foto: Geraldo Magela

Um homem que lançou o carro contra o Ministério da Justiça, em novembro do ano passado, virou réu na Justiça Federal pela prática de crime contra a segurança nacional. As investigações do Ministério Público Federal (MPF) descobriram que o acusado queria cometer, na realidade, um atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF). O acusado, identificado como Luiz Antonio Iurkiewiecz,  tinha consigo uma espingarda calibre 12, duas espadas, além de um arco e sete flechas de madeira para consumar o ataque.

O objetivo dele, segundo as investigações, era promover um atentado contra o Supremo, "protestando contra o que considerava uma ditadura do Judiciário e mostrando uma ruptura institucional". Luiz Antônio foi preso em flagrante no dia 16, quando estava prestes a deixar o hotel em que havia se hospedado em Brasília.

A denúncia relata que o réu confessou ter agido por motivação e inconformismo político. "Ao avançar com um automóvel contra o Palácio da Justiça - acreditando ser ali a sede do poder Judiciário - Luiz só não provocou problemas maiores pois o carro caiu da rampa de acesso ao prédio e parou no espelho d'água, ao colidir com a estrutura de uma luminária", afirmou o MPF.