Auditores da Receita presos
Auditores da Receita presos pela PF mantinham elevadas quantidades de dólares, euros e reais em dinheiro vivo.| Foto: EBC

Após a Polícia Federal cumprir 14 mandados de prisão e e 41 mandados de busca e apreensão contra funcionários da Receita Federal no Rio de Janeiro no âmbito da Lava Jato, nesta quarta-feira (2), o balanço final da Operação Armadeira mostra que mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo foram apreendidos durante a ação. Os auditores da Receita presos são acusados de cobrar propina de empresários e delatores da Lava Jato. Em troca do dinheiro, os servidores suspendiam multas e processos tributários no Fisco.

Ao todo, foram localizados R$ 1.109.130,00, US$ 26,9 mil e, ainda, 3,9 mil euros. Somente na casa de Marco Aurélio Canal, apontado como um dos mais influentes da organização criminosa, foram localizados R$ 200 mil. Ele era o supervisor de Programação da Receita e foi preso por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Criminal Federal, o juiz da Lava Jato Rio. Canal é acusado de receber R$ 4 milhões de Lelis Teixeira, réu da Lava Jato. O advogado Fernando Martins, responsável pela defesa de Canal, declarou, por meio de nota, "que se trata de mais uma prisão ilegal.

Outro alvo dos investigadores é o auditor Marcial Pereira de Souza que chegou a cobrar propina de 500 mil euros para barrar fiscalização tributária contra Ricardo Siqueira Rodrigues, réu da Operação Rizoma, desdobramento da Lava Jato que investiga desvio de verbas dos fundos de pensão dos Correios, o Postalis, e do Serpros. O juiz federal Marcelo Bretas decretou o bloqueio de R$ 13,8 milhões de Marco Aurélio Canal.