rodolfo costa
| Foto:

O PSDB promete alinhar uma unidade entre o partido na Câmara e no Senado. Todas as terças-feiras, às 15h30, deputados e senadores tucanos se reunirão para alinhar as orientações da sigla às pautas prioritárias da semana em ambas as Casas. A meta é buscar o máximo de convergência, se não um amplo consenso sobre as matérias votadas. O presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, também participará.

A meta é mitigar divergências em matérias votadas. O partido entende que é democrático um parlamentar se opor a um determinado projeto, mas desde que dialogado previamente com todo o partido, nas duas Casas. A ideia das reuniões semanais é evitar o que ocorreu na votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 19/19, que determina a autonomia operacional do Banco Central (BC). A redação é de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM).

A proposta foi aprovada em novembro de 2020 no Senado com seis dos sete votos do PSDB, uma proporção de 85,7%. O único voto contrário foi o do senador José Serra (PSDB-SP). Na Câmara, a projeto foi aprovado com 25 de 30 votos tucanos, 83,3%. A proporção de votos favoráveis poderia ter sido ainda mais baixa.

"Nós já tínhamos votado no Senado e aprovamos. Quando chegou na Câmara, alguns deputados criaram dificuldades para aprovar, mas recuaram depois. Poderiam ter evitado essa discussão", pondera o líder do PSDB no Senado à Gazeta do Povo, Izalci Lucas (DF). A articulação das reuniões semanas vinha sendo capitaneada por ele e foi oficializada quando assumiu a liderança, na metade de fevereiro.