Cloroquina e sua politização: os que apontam sua ineficácia como resposta ao coronavírus são tratados como torcedores da doença.
O presidente Jair Bolsonaro exibe o medicamento| Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na noite desta quinta-feira (13) que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai facilitar o acesso a hidroxicloroquina e ivermectina, medicamentos defendidos por ele para tratamento do novo coronavírus, mesmo sem ter eficácia comprovada para a doença. A partir de agora, segundo Bolsonaro, não será mais necessária a retenção da receita no local da compra. "O presidente da Anvisa acabou de confirmar a informação sobre a hidroxicloroquina e a ivermectina. Você já pode comprar com uma receita simples, caso o seu médico recomende para você, obviamente", disse Bolsonaro durante a transmissão semanal que faz em suas redes sociais. Até o momento, era necessária a apresentação de receita em duas vias. Agora, será preciso apenas uma que poderá ficar com o comprador. Bolsonaro rebateu críticas de que o Exército produziu cloroquina em excesso durante a pandemia. "Alguns estavam criticando que o presidente mandou o Exército fabricar comprimidos e estão com uma reserva de 4 milhões. É mais ou menos isso que tem, mas o nosso consumo anual da hidroxicloroquina para malária, lúpus, artrite reumatoide, dá 3 milhões de comprimidos por ano. Nada vai ser jogado fora. Tudo vai ser aproveitado de uma forma ou de outra", justificou.