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O presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcos Correa/PR

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o relatório não reconhecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a "supernotificação" de mortes por Covid-19 nesta quinta-feira (10). O TCU desmentiu a produção do relatório, que na verdade foi feito pelo Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, amigo do clã Bolsonaro. A Corte afastou Marques do cargo por 60 dias, o servidor está proibido de entrar no prédio do órgão e o caso será enviado para a Polícia Federal para que seja aberto um inquérito policial para investigar possível crime de prevaricação.

Bolsonaro insistiu que o relatório "apesar de não ser conclusivo" traz "indícios muito fortes" de que houve supernotificação de 60% no registro de óbitos. O presidente disse que o Brasil pode ser o "um dos países com menores número de mortes por Covid", devido ao "tratamento precoce", que não possui reconhecimento científico. Nesta quinta-feira (10), o Brasil acumula mais de 17 milhões de casos e 482.019 pessoas mortas pela Covid-19, segundo o Ministério da Saúde.

"Parabéns ao Tribunal de Contas da União, o relatório deles tem mais de 100 páginas, o relatório é bastante claro, dizendo que o critério adotado pelo Ministério da Saúde, via lei aprovada pelo parlamento, poderia levar a prática não recomendável de uma supernotificação de casos de Covid para que governadores ganhassem mais recursos do governo federal", disse o chefe do Executivo.