Coronavac: insumos
Novas doses são de um segundo lote de produção da vacina pelo Butantan, fabricados a partir de insumos importados da China.| Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN / AFP

O Instituto Butantan informou, nesta quarta-feira (27), que se o Ministério da Saúde não sinalizar até o fim desta semana que irá adquirir um lote de 54 milhões de doses da vacina Coronavac, os imunizantes terão de ser exportados para outros países e não ficarão disponíveis aos brasileiros. Essas doses seriam de um segundo lote de produção da vacina pelo Butantan, fabricados a partir de insumos importados da China. O diretor do instituto, Dimas Covas, afirmou que já há negociações com os países vizinhos e citou a Argentina como possível destinatário dos imunizantes.

O contrato que o Butantan fez com o Ministério da Saúde, assinado no dia 7 de janeiro, prevê que a instituição, vinculada ao governo João Doria (PSDB), forneceria 46 milhões de doses da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS) de forma escalonada entre janeiro e abril. Após esse período, entretanto, não há nenhuma garantia de novos repasses. "Isso me preocupa um pouco porque está na hora de decidir. E, se demorarmos, não vamos, de fato, conseguir ampliar esse número. O Butantan tem compromissos com outros países, tem já acordos de entrega de vacinas para outros países e, se o Brasil declinar desses 54 milhões, vamos priorizar os demais países com os quais temos acordos.", disse Covas.