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O diplomata Carlos Alberto Franco França, atual assessor especial do presidente Jair Bolsonaro, foi anunciado como novo ministro das Relações Exteriores no lugar de Ernesto Araújo, que deixou o cargo nesta segunda-feira (29). Até poucos meses atrás França ocupava o cargo de chefe do cerimonial da Presidência da República. Foi promovido a ministro de primeira classe (embaixador) em 2019, o último posto da carreira diplomática.
Natural de Goiânia, França tem 56 anos, é graduado em Direito e Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e entrou no serviço diplomático em 1991. Assim como Araújo, nunca chefiou um posto no exterior. Mas atuou como ministro-conselheiro na Embaixada do Brasil na Bolívia e também serviu em representações diplomáticas em Washington (EUA) e Assunção (Paraguai). França é autor de livros sobre a exploração do potencial hidrelétrico do Rio Madeira e as relações entre Brasil e Bolívia. Foi chefe da Divisão de Ciência e Tecnologia no Itamaraty, em Brasília.
O novo chanceler é descrito como uma pessoa "executiva" e "discreta" pelos colegas. E que, sobretudo, tem familiaridade com o poder. França trabalhou no Planalto nos governos Fernando Henrique Cardoso, Dilma Rousseff e Michel Temer, sempre da área do Cerimonial.
Ao ser escolhido chanceler, ele desbancou outros nomes mais experientes da diplomacia brasileira, como o embaixador do Brasil em Paris, Luís Fernando Serra; o embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster, e a embaixadora Maria Nazareth Farani de Azevêdo, atual cônsul-geral em Nova York. As informações são da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo.