Ministra Cármen Lúcia, do STF, vem dando pistas de que pode reformar seu voto no julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
Ministra Cármen Lúcia, do STF.| Foto: Nelson Júnior/STF.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro. A ação, protocolada por deputados da oposição, pede que Bolsonaro seja investigado pelos ataques ao sistema eletrônico de votação e as ameaças à realização das eleições de 2022 feitas em transmissão nas redes sociais.

Como a live da última quinta-feira (29) também foi veiculada pela TV Brasil, os parlamentares consideram que Bolsonaro cometeu ato de improbidade administrativa, propaganda política antecipada, e crime eleitoral. Cabe a PGR, se manifestar pela a abertura ou não do inquérito.

No despacho, a ministra afirma que os relatos apresentados pelos deputados é grave e "podem, em tese, configurar crime, mais especificamente, de natureza eleitoral, utilização ilegal de bens públicos, atentados contra a independência de poderes da República".