Procurador Deltan Dallagnol (foto) teve punição anterior tornada sem efeito por decisão do ministro do STF, Luiz Fux.
Procurador da República Deltan Dallagnol.| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O procurador Deltan Dallagnol, ex-membro da força-tarefa da operação Lava Jato, contestou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de decretar o ex-juiz Sergio Moro suspeito no processo do triplex do Guarujá, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na avaliação de Deltan, os elementos citados pelos ministros da Corte para argumentar pela parcialidade de Moro não influenciaram nas decisões do ex-juiz, que condenou Lula por corrupção.

"Como um ministro colocou, para que se reconheça a imparcialidade, 'não basta tratamento diferenciado, é preciso que tenha sido decisivo para o resultado do julgamento'. Nenhuma das decisões invocadas como base para a suspeição o foi. P. ex: a condução coercitiva não foi relevante p/ a condenação; as interceptações sobre o ex-presidente não foram utilizadas no processo; e o levantamento do sigilo da delação de Palocci aconteceu em outro caso. Com o devido respeito ao STF, acertaram os Ministros vencidos", escreveu o procurador em seu perfil no Twitter na noite desta terça-feira (23).

"Nada apaga a consistência dos fatos e provas dos numerosos casos da Lava Jato, sobre os quais caberá ao Judiciário a última palavra. A Lava Jato investigou crimes e aplicou a lei. Os 5 bi devolvidos por criminosos confessos aos cofres públicos não cresceram em árvores", acrescentou.