Fábio Schvartsman, então presidente da Vale em sobrevoo ao local da tragédia de Brumadinho.
Fábio Schvartsman, então presidente da Vale em sobrevoo ao local da tragédia de Brumadinho.| Foto: Vale/Divulgação

A defesa do ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse em nota que denunciar o executivo por homicídio doloso no caso Brumadinho é "açodado e injusto". Segundo os advogados, as investigações não estão finalizadas pela PF, que só deve ter laudos definitivos sobre as causas do acidente em junho. O ex-CEO foi denunciado à Justiça ao lado de outras 15 pessoas, entre funcionários da Vale e da auditoria alemã TÜV SÜD. O executivo assumiu a presidência da Vale em maio de 2017, com o lema "Mariana nunca mais", em referência à ruptura da barragem da Samarco, em que a Vale era sócia da BHP. A defesa afirma que ele tomou diversas medidas para reforçar a segurança em barragens e ampliar consideravelmente os recursos destinados à área, além de ter atuado com base em laudos técnicos de empresas internacionais. Para os advogados de Schvartsman, "se houve negligência de alguém, os responsáveis devem responder por seus atos. Mas é injusta e lamentável a tentativa de punir quem, desde a 1ª hora, cumpriu com seu dever e esteve ao lado das autoridades para investigar o ocorrido e reparar os danos", diz a nota.