Equívocos das autoridades brasileiras na pandemia de Covid-19, como as que o governador João Doria cometeu em São Paulo, jamais serão esquecidos.
Doria também cobrou do governo federal, do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e da chancelaria brasileira a superação deste “mal-estar”.| Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), avalia haver "um mal-estar claro do governo chinês com o governo brasileiro". Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (20), Doria disse ser "fato", "claro e óbvio", a existência de um descontentamento em razão de "tantas agressões pronunciadas e lideradas pelo presidente Jair Bolsonaro contra a China e 'a vacina da China' e as desqualificações que fez, suportadas pelas manifestações de dois dos seus filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro".

"Não é por outra razão que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi se encontrar hoje, ainda que virtualmente com o embaixador da China", completou Doria. Segundo relatou o presidente da Câmara, não há obstáculo político, mas, sim, técnico para a importação dos insumos. Doria rebateu: "Talvez o embaixador, por ser um homem extremamente educado e diplomata, não coloque isso oficialmente neste momento, mas ele mesmo reagiu em carta pública aos ataques sofridos pelo governo chinês".

O governador de SP também cobrou do governo federal, do filho do presidente e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e da chancelaria brasileira a superação deste "mal-estar" e pediu "respeito" do presidente Jair Bolsonaro no trato com a China. "Não é hora de embate", disse Doria. "Precisamos de insumos para salvar os brasileiros", completou.