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Rêgo Barros, porta-voz da Presidência, foi exonerado| Foto: José Dias

O ex-porta-voz da Presidência Otávio do Rêgo Barros fez uma série de críticas em artigo publicado na terça-feira (27) no jornal Correio Braziliense, intitulado "Memento Mori", expressão latina que significa algo como "Lembre-se de que você é mortal". A manifestação foi vista como uma indireta ao presidente Jair Bolsonaro, embora não tenha citado o nome.

"Os líderes atuais, após alcançarem suas vitórias nos coliseus eleitorais, são tragados pelos comentários babosos dos que o cercam ou pelas demonstrações alucinadas de seguidores de ocasião", escreveu. Em outro ponto, diz que "é doloroso perceber que os projetos apresentados nas campanhas eleitorais, com vistas a convencer-nos a depositar nosso voto nas urnas eletrônicas, são meras peças publicitárias, talhadas para aquele momento. Valem tanto quanto uma nota de sete reais".

A saída de Rêgo Barros foi anunciada em agosto, depois de meses de isolamento, e oficializada em outubro. Desde o início do ano, ele deixou de fazer os comunicados quase diários à imprensa no Palácio do Planalto. Os encontros acabaram substituídos por falas do próprio presidente na entrada e saída do Palácio da Alvorada.