Senador Flávio Bolsonaro foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento no caso das rachadinhas na Alerj.
Senador Flávio Bolsonaro foi denunciado pelo Ministério Público por envolvimento no caso das rachadinhas na Alerj.| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O miliciano Adriano da Nóbrega é citado na denúncia do Ministério Público do Rio contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) como parte do esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio, segundo revelou o Jornal Nacional, da TV Globo, nesta sexta-feira (6). De acordo com a investigação, Adriano conseguiu que a mãe e a mulher fossem contratadas como assessoras fantasmas do então deputado estadual, sob o compromisso de devolverem parte dos salários. O MP sustenta que Adriano, por meio da mãe e da mulher, transferiu R$ 400 mil para o ex-assessor Fabrício Queiroz, acusado de ser o operador de Flávio no esquema das rachadinhas.

Acusado de comandar um grupo de extermínio e de ter ligação com a milícia no Rio, Adriano de Nóbrega foi morto na Bahia em fevereiro deste ano, em troca de tiros com a polícia. A mulher dele, Danielle Mendonça da Costa, foi nomeada no gabinete de Flávio em 2007, após Fabrício Queiroz ser contratado como assessor parlamentar. Em 2015 foi a vez da mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, virar assessora parlamentar do filho do presidente Jair Bolsonaro.

A defesa de Flávio Bolsonaro afirmou ao Jornal Nacional que o senador não cometeu nenhuma irregularidade, que ele desconhece supostas operações financeiras entre ex-servidores da Alerj e que os fatos serão esclarecidos no tempo e no foro adequados.